Porto Alegre, 19 de outubro de 2015 – Apesar de desmentidas,
especulações sobre a saída do governo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
continuam gerando aversão no mercado de câmbio e elevando a procura por
proteção no dólar, puxando para cima a cotação da moeda. Ao mesmo tempo, o
mercado de juros, na contramão da divisa, opera em queda por um ajuste das
taxas.
Para Cleber Alessie, operador de câmbio da H.Commcor, o dólar à vista
continua sensível aos rumores sobre a permanência ou não do ministro no
cargo, enquanto outros ativos, como o mercado futuro de câmbio e as taxas de
contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), conseguem deixar a questão um
pouco de lado para realizar uma correção.
“Acredito que o mercado futuro [de dólar] precificou mais a aversão ao
risco e subiu muito na sexta-feira, quando os rumores começaram, enquanto o
dólar comercial só pôde refletir mais essa leitura agora. Apesar de a
presidente [Dilma Rousseff] ter sido enfática em dizer que o ministro fica no
governo, o investidor parece não estar tranquilo”, afirma.
Segundo Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, o
constante enfraquecimento da economia do Brasil afasta apostas de que o Banco
Central (BC) suba a Selic (taxa básica de juros) em reunião essa semana, o que
também colabora com o ajuste dos juros. “No dólar, a crise política
fatalmente fará com o que investidor evite o risco”, diz.
No momento, o dólar comercial opera em alta de 0,80%, cotado a R$ 3,9040
na venda. No mercado futuro, os contratos da moeda com vencimento em novembro
recuam 0,45%, a R$ 3.919,50, enquanto as taxas dos contratos para dezembro caem
0,81%, a R$ 3.953,00. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,07Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 31/07/2025 11:10