CÂMBIO: Dólar sobe 1% com aversão ao risco após teste nuclear na Coreia

Porto Alegre, 9 de setembro de 2016 – A maior aversão ao risco nos
mercados externos diante da ameaça geopolítica na Ásia, com um novo teste
nuclear realizado pela Coreia do Norte, com o recuo no preço do petróleo e a
decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter a política monetária, leva o
dólar comercial a uma alta de mais de 1% nesta manhã.

Guilherme França Esquelbek, operador de câmbio da Correparti, diz que a
abertura com viés de alta nesta sessão é influenciada pelo cenário externo.
“Lá fora o dólar perde para as moedas fortes, mas ganha das emergentes e
ligadas às commodities. Também não devemos descartar a volatilidade vista
ontem, com nossa agenda interna e incertezas sobre o ajuste fiscal e os
fluxos”, comenta.

Para Octávio de Barros, diretor do departamento de estudos e pesquisas
econômicas do Bradesco, a decisão do BCE de não anunciar novos estímulos à
economia reaqueceu as dúvidas do mercado sobre a necessidade de afrouxamento
adicional da política monetária, que tem impulsionado a atividade de forma
limitada.

Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, analisa na
mesma linha de pensamento. “Pesa a decepção com a negativa do BCE em ampliar
seu programa de compra de ativos, bem como a crescente dúvida quanto à
eficácia de medidas adicionais de afrouxamento monetário sobre a atividade
econômica global”, afirma.

No momento, o barril de petróleo do tipo Brent opera com queda de 2,36%, a
US$ 48,81 o barril, as principais commodities agrícolas são negociadas em
baixa, com exceção da soja e açúcar. Os preços das principais metais
industriais também registram baixa. O índice geral de commodities da Bloomberg
cai 0,82%. Às 10h16, o dólar comercial registrava alta de 1,33%, cotado a R$
3,2560 para venda. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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