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CÂMBIO: Dólar sobe 1% com piora das emergentes, atento ao fiscal e pandemia

29 de março de 2021
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Porto Alegre, 29 de março de 2021 – O dólar comercial tem alta firme
frente ao real, renovando máximas a R$ 5,80, refletindo o temor local em torno
do cenário fiscal do país, em meio aos desdobramentos em relação ao
Orçamento para 2021 votado na semana passada, além dos receios com a política
local e o avanço da pandemia de covid-19 no país e o ritmo lento de
vacinação em massa. Lá fora, o ambiente é negativo para os mercados
emergentes em meio ao fortalecimento da moeda norte-americana com expectativa de
recuperação econômica dos Estados Unidos.

Ao operar nas máximas desde o início do mês, acima de R$ 5,80, o
economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito, reforça que parte deste
movimento pode ser creditado a uma maior aversão ao risco no exterior, uma vez
que maioria das moedas emergentes perde contra a divisa norte-americana.

“Pode conspirar para este fato o preço do petróleo em queda hoje,
possivelmente por conta do fim da crise no canal de Suez, o que faria diminuir
os custos de transporte e, logo, no preço final das mercadorias. Mas não
apenas isso”, comenta.

Ele avalia que uma declaração recente do secretário-geral da
Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, em uma entrevista ao
“Financial Times” chama a atenção ao alertar para o fato que as dívidas de
países em desenvolvimento podem sair de controle após os esforços de combate
à pandemia, já que seis países “deram calotes” nas dívidas externas,
entre eles, a Argentina, que na semana passada declarou não ter dinheiro para
pagar a dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“O risco na mesa é que países que não têm dívida relevante em dólar,
como o Brasil e a África do Sul, estão se financiando internamente com taxas
muito mais altas do que as praticadas nos países centrais. O secretário-geral
da ONU cita especificamente o Brasil numa questão que estamos alertando há
tempo: o prazo médio da dívida vem caindo, e isso pode se tornar um problema
em potencial”, destaca.

Perfeito acrescenta que há um “risco real” do Brasil perder o controle
da dinâmica da dívida caso não se estabilize mais rapidamente as impressões
sobre o governo federal, que “tem sofrido crises reiteradas”, em meio ao
cenário de inflação que se mostra cada vez mais “selvagem”.

Além do exterior, onde a divisa estrangeira se fortalece ante as de
países emergentes diante a expectativa de recuperação econômica mais rápida
do que a esperada nos Estados Unidos, que tem avançado com a vacinação em
massa, a pandemia segue preocupando investidores.

“A situação segue delicada e investidores buscam avaliar até quando as
medidas de isolamento agressivas impostas em diversos estados serão estendidas.
Ao mesmo tempo, o cenário de fragilidade fiscal vai se agravando na medida em
que um orçamento inexequível chega à mesa do presidente Jair Bolsonaro para
ser sancionado, ameaçando dar um fim ao teto de gastos”, pondera o economista
da Guide Investimentos, Victor Beyruti.

Às 11h58 (de Brasília), o dólar à vista tinha alta de 1,09%, negociado
a R$ 5,8030 para venda, após oscilar na mínima de R$ 5,7550 (+0,26%) e máxima
de R$ 5,8050 (+1,13%). O contrato futuro com vencimento em abril subia 0,79%, a
R$ 5,8050. Lá fora, o Dollar Index operava com leve alta de 0,06%, aos 92,822
pontos. As principais moedas de países emergentes se desvalorizavam ante o
dólar, com o peso mexicano em queda de 0,7%. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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