CÂMBIO: Dólar sobe após duas quedas com maior aversão a risco no exterior

São Paulo, 21 de março de 2017 – Após abrir em queda frente ao real, o
dólar virou durante a tarde e fechou em alta devolvendo parte das perdas vistas
nos últimos dois pregões, em um dia de maior aversão ao risco no exterior
diante do receio de que o presidente norte-americano, Donald Trump, tenha
dificuldades para aprovar projetos.

O dólar comercial encerrou com ganhos de 0,61%, a R$ 3,091 na venda,
depois de ter atingido o menor patamar de fechamento em quase um mês ontem.

Os investidores ficaram de olho na aprovação da nova lei da saúde pelos
deputados norte-americanos, em uma votação prevista para quinta-feira. Existe
a possibilidade de os republicanos não conseguirem os votos necessários para
revogar a atual lei da saúde – a chamada Obamacare – o que traz dúvidas sobre
a capacidade de Trump para convencer o Congresso a aceitar suas propostas
futuras, entre elas, a redução nos impostos.

Para o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno,
além do temor em relação às dificuldades enfrentadas por Trump, também
está ocorrendo um aumento da percepção de que os bancos centrais mundiais
devem retirar estímulos econômicos. “Os bancos centrais estão revertendo o
excesso de liquidez que colocaram nos mercados, o que fortalece o dólar”,
disse.

O operador de câmbio da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva
Filho, ainda lembrou que, “internamente, a ausência de indicadores e eventos
de maior relevância deixaram o dólar puramente refém do exterior”.

As informações são da agência CMA.

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