Porto Alegre, 16 de setembro de 2019 – O dólar comercial abre a semana em
alta com ativos globais reagindo aos ataques às instalações da petrolífera
estatal da Arábia Saudita, Saudi Aramco, no sábado por meio de drones,
refletindo na redução da produção em cerca de 5,7 milhões de barris por dia
e em um forte estresse no mercado da commodity. A aversão ao risco prevalece
nos mercados globais em semana de decisões dos bancos centrais dos Estados
Unidos, do Japão, da Inglaterra e o brasileiros.
Às 9h42 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em ligeira alta de
0,09% no mercado à vista, cotada a R$ 4,0920 para venda, enquanto o contrato
futuro para outubro tinha alta de 0,17%, a R$ 4,0945. Lá fora, o Dollar Index
subia 0,20%, aos 98,449 pontos. Entre as principais moedas de países
emergentes, o movimento é de desvalorização frente ao dólar.
Segundo analistas do ING, os ataques aos 5,7 milhões de barris representam
quase 20% da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep) e entre 5% e 6% da oferta global da commodity, que abriu a sessão em
alta de quase 20%, acima de US$ 71 o barril do Brent.
A declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizando
a liberação de reservas estratégicas de petróleo do país após os ataques,
levaram a cotação a reduzir os ganhos, mas o Brent avança mais de 10%. “O
maior risco geopolítico, decorrente desse evento e o aumento de preços podem
constituir mais um vetor negativo à atividade global, já em desaceleração”,
comenta a equipe econômica do Bradesco.
Os números da produção industrial da China também corroboram para o
ambiente mais negativo entre as moedas de países emergentes e ligadas às
commodities após registrar alta de 4,4% em agosto, ante projeção de 5,2%.
“Os dados mais fracos de atividade reforçam o enfraquecimento progressivo da
China”, diz o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.
Mercados se preparam para as decisões de política monetária do Federal
Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira com o mercado
firme na aposta de queda da taxa de juros por lá. Aqui, o Banco Central se
reúne com fortes apostas de queda de 0,50 ponto percentual (pp), a 5,50% ao
ano, da taxa básica de juros (Selic). Na quinta-feira, tem ainda a decisão do
Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco do Japão (BoJ). Com informações da
Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 19/08/2025 08:45