CÂMBIO: Dólar sobe com greve, mas deve perder força com PIB fraco nos EUA

Porto Alegre, 28 de abril de 2017 – O dólar iniciou as operações do dia
com valorização ante o real, com investidores atentos ao impacto que a greve
geral e as manifestações contrárias às reformas trabalhista, da Previdência
e à lei da terceirização podem acarretar ao governo. A moeda também tende a
ser afetada pelo crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados
Unidos, abaixo do esperado. Às 10h13, a divisa comercial subia 0,43%, a R$
3,1950 para venda.

“A preocupação do governo é que uma forte adesão [à greve] possa
dificultar mais a aprovação da reforma da Previdência; os 308 votos
necessários estão sob dúvida, uma vez que a reforma trabalhista, apesar de
aprovada, teve menos de 300 votos”, explica a H.Commcor em relatório. O texto
da reforma previdenciária deve ser analisado pela Comissão Especial da Câmara
na próxima semana.

No âmbito externo, o avanço do PIB norte-americano no primeiro trimestre,
comparado aos três meses imediatamente anteriores, ficou aquém da previsão
dos analistas, que esperavam crescimento de 1%. O Bradesco lembra, em
relatório, que o resultado frustra a expectativa criada no início do ano de
que a economia dos Estados Unidos estaria crescendo em um ritmo acelerado.
Devido a esta pressão, o dólar “deve perder valor ante as principais moedas,
com exceção do iene”, projetam os analistas do banco.

No decorrer do pregão, vale destacar que haverá formação da Ptax de
final de mês que liquidará os contratos indexados à variação cambial com
vencimentos em maio junto à B3, gerando oscilações para a moeda.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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