Porto Alegre, 28 de junho de 2022 – O dólar comercial fechou em alta de
0,61%, cotado a R$ 5,2670. A moeda refletiu não apenas as incertezas fiscais
domésticas, mas também o índice de confiança do consumidor, nos Estados
Unidos, que registrou 98,7 em junho ante previsão de 100,1, aumentando o temor
por uma recessão.
Segundo o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “o dólar
ganha lá fora com a piora do índice de confiança. O receio com a recessão é
cada vez maior”.
Komura também entende que os problemas fiscais internos preocupam: “Isso
só confirma que o congresso tem apetite para gastar mais. O aumento do Auxílio
Brasil e o vale-gás contribuem com a inflação, e a população vai sentir
isso mais para a frente”, avalia.
De acordo com o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas
Borsoi, “é um dia de melhora dentro de uma tendência de piora. A dúvida é
saber qual o tamanho da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos
Combustíveis. O dólar ainda deve subir, o movimento que o risco país está
fazendo está colado ao câmbio”.
Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “é
inegável a importância da China para o Brasil, já que ela é nosso principal
parceiro comercial. Isso dá um respaldo para as commodities, ao menos em curto
prazo”.
Abdelmalack, porém, chama a atenção para a questão fiscal deflagrada
novamente pela PEC dos Combustíveis: “Isso acaba sendo visto pelo mercado como
uma política assistencialista visando as eleições. Tudo que é fora do teto
de gastos gera uma preocupação para o investidor pois indica se somos
responsáveis ou não”, contextualiza.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2022 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45