Porto Alegre, 25 de junho de 2019 – O dólar comercial opera em alta frente
ao real depois de oscilar operando em campos positivo e negativo reagindo à
indicadores abaixo do esperado nos Estados Unidos e ao leilão de linha – venda
de dólar com compromisso de recompra – do Banco Central, que surpreendeu o
mercado no fim da manhã.
“Esse leilão foi uma surpresa. O BC pode ter feito um levantamento e
visto que havia demanda pela moeda e por isso ofertou”, diz o diretor de uma
corretora nacional. Segundo operadores das mesas de câmbio, algumas
instituições entraram no mercado ontem cotando compra de lotes expressivos de
dólares. Eles afirmam que o leilão realizado hoje foi “para atender uma
disfuncionalidade do mercado, com pouca liquidez e sazonalidade de fim de
trimestre”.
No leilão, foram aceitas quatro propostas no valor total de US$ 1,0
bilhão para recompra de dólar em 2 de agosto. A taxa de venda foi de R$ 3,8240
– média das cotações do dólar apuradas pelo BC (Ptax) às 11 horas.
Nos Estados Unidos, o índice de confiança do consumidor norte-americano –
medido pelo Conference Board – caiu para 121,5 pontos em junho, abaixo da
previsão de 131,8 pontos em junho. depois de ter registrado 131,3 pontos em
maio, em dado revisado.
Apesar das oscilações, investidores mantêm “compasso de espera” para a
reforma da Previdência, reforça o diretor de câmbio do grupo Ourominas,
Mauriciano Cavalcante. Ele acrescenta que lá fora, que o mercado segue na
expectativa pelo encontro entre Donald Trump e Xi Jinping na tentativa de um
acordo comercial entre Estados Unidos e China. Além de estar de olho no
discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano), Jerome Powell, hoje às 14 horas (de Brasília).
“Investidores buscam mais pistas de que o Fed tende a afrouxar sua
política monetária a partir de julho, como a ampla maioria das apostas
mostram. Porém, não se espera que Powell faça considerações a respeito,
visto que a última decisão da instituição ainda é recente”, comenta o
operador de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.
Às 12h24 (de Brasília), o dólar à vista tinha alta de 0,10%, cotado a
R$ 3,8320 para venda, depois de oscilar na mínima de R$ 3,8210 (-0,18%) e
máxima de R$ 3,8390 (+0,29%). O contrato futuro para julho subia 0,14%, a R$
3,8310. Lá fora, o Dollar Index oscila, mas tem viés de alta (+0,03%), acima
dos 96,000 pontos. Entre as principais moedas emergentes, a maioria se valoriza
frente ao dólar, com destaque para as altas de 0,70% da lira turca e dos pesos
argentino e chileno. Em contrapartida, o peso mexicano cai 0,40%. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 08/05/2025 09:40