CÂMBIO: Dólar tem viés de queda com repatriação de recursos e commodities

Porto Alegre, 5 de abril de 2017 – O dólar comercial abriu as
negociações em queda, em linha com as moedas dos países emergentes, devido à
alta das commodities como petróleo e minério de ferro, e, no mercado local,
influenciado pela repatriação de recursos mantidos no exterior e as
captações das empresas via oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla
em inglês) e emissões.

A divisa norte-americana se enfraquece em relação ao real diante do recuo
na percepção de risco-País medida pelos swaps de default de crédito (CDS,
na sigla em inglês) de cinco anos do Brasil. Às 10h10, o dólar negociado à
vista caía 0,22%, a R$ 3,0920 para venda, enquanto no mercado futuro, a
cotação da moeda com vencimento em maio perdia 0,11%, a R$ 3.106,500.

“O viés de baixa do dólar deverá ser mantido para os próximos dias,
apoiado basicamente na perspectiva de fluxo positivo de ingresso de recursos em
decorrência dos IPOs anunciados, novas captações e da segunda fase da lei do
repatriamento de recursos”, afirmou o superintendente de Tesouraria da
Correparti, Ricardo Gomes da Silva, em boletim matinal.

No ambiente político, Silva destacou que a homologação pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) do acordo de delação do casal João Santana e Mônica
Moura, responsáveis pelas campanhas eleitorais dos ex-presidentes Lula e Dilma,
que deverá enfraquecer uma possível candidatura do petista em 2018, contribui
para alívio da pressão sobre o dólar no mercado local.

O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, disse que
dados de estoque de petróleo na semana encerrada em 31 de março e a ata da
última reunião de política monetária será publicada às 15h pelo Federal
Reserve (Fed, o banco central norte-americano) também poderão interferir no
comportamento do dólar. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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