Porto Alegre, 23 de março de 2023 – O dólar passou a operar em alta. O tom mais duro do Banco
Central (BC), no comunicado após a divulgação da manutenção da Selic (taxa básica de juros) em
137,75%, e um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) que demonstrou ainda não ter
clareza quanto à duração do ciclo de aperto monetário, ainda são digeridos pelo mercado e
enfraquecem o real.
De acordo com o sócio-fundador da Pronto! Invest Vanei Nagem, “a justificativa do Copom (para
manter os juros) foi muito agressiva, mesmo com a situação lá fora um pouco mais leve. Foi uma
pequena peitada no Governo, não precisava disso. Essa briga não é legal para o País”.
Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, “O Fed emitiu um sinal de que o aperto
monetário pode estar próximo do fim neste ciclo ao elevar 0,25 ponto percentual (pp), porém
entendeu que o atual panorama possui mais questões em aberto do que respostas. Mesmo aliviando o
discurso de novos aumentos, retirando o termo constantes’, não deu como finalizado o aperto ao
citar que ‘algum endurecimento adicional da política pode ser apropriado para atingir uma postura
de política monetária que seja suficientemente restritiva para retornar a inflação para 2% ao
longo do tempo’.
Já no âmbito doméstico, Vieira entende que “o Banco Central (BC) não se deixou sensibilizar
pelas constantes demandas do governo pelo início do afrouxamento monetário e mandou um recado
duro, ao citar novamente o risco fiscal como importante fator. A inflação subjacente (núcleo)
ainda elevada foi também posta como fator relevante para a manutenção dos juros nos atuais
patamares e foi inclusive citada a possibilidade de, se necessário for, o Comitê de Política
Monetária (Copom) pode promover ajustes adicionais da taxa de juros, algo que soa como um terror
nas fileiras do Executivo”.
Por volta dás 11h46 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,72%, cotado a R$ 5,2740
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de 2023
avançava 0,40%, cotado a R$ 5.272,50.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 09/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,75Preço base - Integração
Atualizado em: 15/05/2025 09:30