Porto Alegre, 22 de abril de 2022 – O dólar acelerou ganhou ainda mais
força e já sobe 3,5%. O risco de altíssima aversão ao risco é impulsionado
pelo conflito entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal
(STF), e o tom mais hawkish (duro) do presidente do Federal Reserve (Fed, o
banco central norte-americano), Jerome Powell, sobre a alta de juros e
inflação nos Estados Unidos.
De acordo com o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “para o
Powell assumir a inflação deste jeito, o impacto é ainda maior do que
imaginamos. O consumo nos Estados Unidos está muito alto, devido à grande
injeção de dinheiro. Eles têm um problema bem grande”.
Já no cenário doméstico, Nagem enxerga com pessimismo o novo capítulo
do embate institucional: “Com o Bolsonaro peitando o Supremo, a situação pode
ficar feia. Ele não precisava ter feito isso”, analisa.
Para o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “este movimento
de estresse vai dominar o mercado. O discurso do Powell foi hawkish (duro), e
demonstrou preocupação com a inflação nos Estados Unidos. Já tem casa
projetando que, em algum momento, o aumento dos juros nos Estados Unidos será
de 0,75%, mas não na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto
(Fomc, na sigla em inglês)”.
Komura acredita que, a curto prazo, o dólar deve ganhar força: “Nem as
commodities vão segurar o Brasil. Este dólar faz total sentido”, pontua.
Por volta das 14h45 (horário de Brasília), o dólar comercial subia
3,55%, cotado a R$ 4,7830 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento em maio de 2022 avançava 3,56%, cotado a R$
4.799,50. As informações são da Agência CMA.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45