Porto Alegre, 8 de julho de 2022 – O dólar acelerou o ritmo de queda e
opera abaixo dos R$ 5,30. O mercado ainda digere o payroll (folha de pagamentos,
um dos principais termômetros do emprego nos Estados Unidos), pavimentando o
caminho para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) continuar
o aperto do ciclo monetário que visa frear a inflação. Neste contexto, o real
ganha força, em movimento de correção.
De acordo com o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “o payroll
reforçou o aumento nos juros de 0,75%, e isso foi bem recebido pelo mercado
brasileiro. Isso abre espaço para uma política mais dura, mas sem recessão”.
Nagem explica que os ativos de risco dos emergentes ainda estão baratos, o
que aumenta o fluxo estrangeiro. “É preciso observar que o Banco Central (BC)
independente está funcionando muito bem, fazendo a lição de casa. Ele
começou o ciclo contracionista antes de todo mundo”, observa.
Para o economista da Ajax Capital, Rafael Passos, “os dados do payroll
vieram fortes e dão, de modo geral, fôlego para um Fed mais duro, já que ele
não pode afrouxar o ciclo com esta pressão inflacionária”.
Passos entende que além do payroll, o Indice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,67% em junho ante maio, dá sinais que a
inflação brasileira começa a desacelerar: “Isso ajuda a corrigir o real,
mesmo com o dólar performando bem hoje”, analisa.
Por volta das 11h52 (horário de Brasília), o dólar comercial caía
1,02%, cotado a R$ 5,2890 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento em agosto de 2022 recuava 1,00%, cotado a R$
5.321,50.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 27/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.725,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 66,00Preço base - Integração
Atualizado em: 26/06/2025 13:30