São Paulo, 4 de dezembro de 2018 – O dólar comercial mantém queda em
relação ao real, porém, volátil em linha com o exterior, onde as moedas de
países emergentes operam mistas, e com o mercado doméstico à espera do
leilão de dólar com compromisso de recompra – leilão de linha – em que o
Banco Central (BC) ofertará até US$ 1 bilhão.
Às 11h45 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 0,33%, a R$ 3,8300
para venda, depois de renovar máxima a R$ 3,8380 (-0,13%). No mercado futuro, o
contrato para janeiro também operava em queda, acima de R$ 3,83 (-0,31%). Lá
fora, o Dollar Index caía 0,56%, abaixo dos 96,500 pontos. Entre as divisas
emergentes, a lira turca e o peso argentino caem mais de 1% ante o dólar.
O analista da Quantitas, Matheus Gallina, avalia que o bom humor após a
trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China continua entre as
principais moedas de países emergentes, em dia positivo também para as
commodities metálicas e para o petróleo. O preço dos contratos futuros do
petróleo WTI sobe quase 2%, no nível de US$ 54, o barril. O contrato futuro do
Brent sobe mais de 2%, a US$ 63 o barril.
“Ainda assim, investidores têm segurado o dólar no nível de R$ 3,82 à
espera do leilão do BC”, diz Gallina. Ele acrescenta que fatores locais têm
pesado para o dólar se manter acima dos R$ 3,80 mesmo com o “arrefecimento”
na guerra comercial e com o discurso mais “dovish” (suave) do Federal Reserve
(Fed, o banco central norte-americano) na semana passada.
Além da dinâmica de transição do próximo governo, com “muitas pautas
indefinidas”. Além disso, “estamos tendo fluxo de saída um pouco
inesperado pelo mercado após as eleições mais positivas, com o estrangeiro
ainda cético em relação ao novo governo. E temos fluxos de empresas fechando
balanço de fim de ano que tem influenciado essa dinâmica do câmbio”,
reforça.
A cessão onerosa está na pauta do Senado para ser votada hoje, mas ainda
não há acordos para seguir com a votação. Segundo o analista, depois “dos
últimos desdobramentos” em que a percepção é de que o acordo para votação
não seja “tão simples como parecia ser”, o mercado parece não colocar
tanto peso na aprovação da matéria ainda neste ano. “Será mais positivo
para o mercado se for votada do que negativo caso não seja votada”, diz.
As informações são da agência CMA.
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 06/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,37Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.725,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 67,50Preço base - Integração
Atualizado em: 05/06/2025 09:30