CÂMBIO: Expectativa com ata do Fed traz viés de queda ao dólar

Porto Alegre, 28 de outubro de 2015 – A expectativa com a decisão da
política monetária do Fed traz viés de queda para o dólar comercial e deixa
as taxas de juros próximas da estabilidade durante o pregão de hoje. O
movimento é consequência da expectativa de que seja adotada uma postura
conservadora sem elevação de juros, sinalizando que só ocorra em 2016.

“De manhã, a moeda chegou a subir em virtude de um fluxo de saída da
Petrobras, mas, passado isso, o mercado voltou àquilo que se imaginou desde
cedo. O mercado está precificando a posição conservadora do banco central dos
Estados Unidos de não elevar juros e manter uma ata bem conservadora”, avalia
Ricardo Gomes da Silva, superintendente de tesouraria da Correparti Corretora.

Para Paulo Petrassi, chefe de renda fixa da Leme Investimentos, a
expectativa com a decisão do Fed, com a divulgação da ata do Comitê de
Política Monetária (Copom) e do resultado fiscal deixa o mercado de juros
perto da estabilidade. “Está tudo parado seguindo mercado internacional. O
mercado está só aguardando esses dados e sem uma tendência por enquanto”,
avalia.

No mercado interno, destaca o superintendente da Correparti, os olhos
estão voltados para a votação da lei de repatriação. “Hoje, a Câmara deve
apreciar a repatriação e essa deverá ser vetada pela presidente. Se por um
lado o governo tem interesse que a Câmara aprove, por outro, é moralmente
complicado. A presidente deve vetar”, comenta.

Por volta das 13h45 (de Brasília), o dólar comercial recuava 0,66%,
cotado a R$ 3,87 na venda e o contrato da moeda com vencimento em novembro
retraía 0,62%, a R$ 3.872,000. Entre os contratos de Depósito Interfinanceiro
(DI), o mais negociado era com vencimento em janeiro de 2017 e tinha taxa
passando de 15,22% para 15,27%. O contrato com vencimento em abril de 2016
mostrava taxa subindo de 14,60% para 14,61%. As informações partem da agência
CMA.

Revisão: Tarcila Mendes (tarcila.freitas@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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