CÂMBIO: Fed menos duro e incentivos à economia chinesa derrubam dólar

Porto Alegre, 9 de junho de 2023 – O dólar segue abaixo dos R$ 4,90. A moeda reflete a
expectativa de uma aceleração econômica chinesa, o Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) parando por ora o aumento dos juros e alta das commodities.

Para o analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura, “o dólar intensificou ainda mais o
movimento da abertura. Os ventos continuam favoráveis para as moedas exportadoras de commodities e,
além disso, o Fed deve parar de subir os juros, ajudando o movimento”.

Komura entende que apesar dos dados sobre a China terem sido desanimadores, em resposta a isso
os bancos já começaram a reduzir a taxa dos empréstimos, o que deve reduzir em breve a taxa
básica de juros na China. Este contexto é favorável ao real.

Para a economista do Banco Ourinvest Cristiane Quartaroli, “novos sinais de desaceleração
econômica chinesa podem trazer aversão ao risco ao mercado”. Ela se refere ao índice de preços
ao consumidor que caiu 0,2% em maio de 2023 ante mesmo período de 2022. O mercado previa queda de
0,1%.

Quartaroli, contudo, pontua que a situação interna é favorável, como o andamento da reforma
tributária, arcabouço fiscal e dados macro mais positivos, o que pode favorecer a moeda
brasileira.

Por volta das 15h41 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 1,09%, cotado a R$ 4,8710
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de 2023
recuava 1,17%, cotado a R$ 4.894,50. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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