Porto Alegre, 20 de junho de 2022 – O dólar ganhou força e aumentou o
ritmo de alta. Mais do que a troca no comando da Petrobras após a renúncia do
presidente da companhia, José Mauro Coelho, o movimento reflete as já
habituais incertezas fiscais e políticas domésticas, com medidas que possuem
caráter eleitoreiro.
De acordo com o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas
Borsoi, “a possibilidade do governo aumentar o valor do Auxílio Brasil, fora
do teto de gastos, aumenta o risco país”.
Borsoi entende que o início do processo de aperto monetário em alguns dos
bancos centrais de economias desenvolvidas, aliado à fase final de aumento dos
juros brasileiros, “começa a levar o dinheiro para fora”. A queda dos preços
das commodities, em especial o minério de ferro, também dão sinais de que os
fatores que outrora favoreciam a moeda brasileira, começam a dar sinais de
exaustão, opina o economista.
Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio
Serrano, “a percepção é de piora no quadro econômico, e isso é mal
recebido pelo mercado”.
Serrano, contudo, considera que um novo furo no teto de gastos pode ser
ainda mais prejudicial do que o ocorrido na Petrobras: “Isso sim é ruim para a
moeda, já que aumenta a piora da percepção do quadro fiscal e intensifica o
viés intervencionista”, analisa.
Há pouco, o dólar comercial subia 0,56%, cotado a R$ 5,1750 para venda. No
mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de
2022 avançava 0,37%, cotado a R$ 5.193,50.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45