Porto Alegre, 14 de abril de 2022 – O dólar segue em sólida alta,
firmando direção. O varejo nos Estados Unidos, que cresceu 0,5% em março ante
fevereiro, e o fantasma fiscal que voltou à tona com o aumento dos salários
dos servidores públicos enfraquecem o real.
De acordo com a economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest,
Cristiane Quartaroli, “os dados mais fortes do varejo nos Estados Unidos
fizeram com que os treasuries e os juros subissem, fortalecendo o dólar”.
Quartaroli entende que o os ruídos fiscais ligam um alerta no mercado e
piora a dívida brasileira: “Hoje estamos sofrendo mais que as outras moedas
emergentes”, aponta.
Para o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, “o discurso do
Banco Central Europeu (BCE) foi menos hawkish (duro) do que o esperado, mas
podemos ver a alta dos juros até o final deste ano”. Até ser encerrado, o
programa de compras líquidas mensais (APP) será de 40 bilhões de euros
(abril), 30 bilhões (maio) e 20 bilhões (junho).
Beyruti vê o real em linha com seus pares emergentes ligados às
commodities, especialmente as agrícolas. O fiscal, porém, volta a incomodar e
jogar contra a moeda brasileira: “Precisamos ver como o mercado irá receber o
aumento aos servidores, que apenas neste ano irá custar R$ 5 bilhões”,
observa.
Por volta das 14h31 (horário de Brasília), o dólar comercial subia
0,51%, cotado a R$ 4,7120 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento em maio de 2022 avançava 0,41%, cotado a R$
4.731,00. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2022 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 26/06/2025 13:30