Porto Alegre, 28 de outubro de 2021 – Afetado pelo adiamento da votação
da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios e a alta do
Indice Geral de Preços – Mercado (IGPM-M), que subiu 0,64% em outubro ante
setembro, o dólar segue em robusta alta. Nem a elevação da Selic (taxa
básica de juros), em 1,25 ponto percentual, arrefeceu o ímpeto da moeda
norte-americana.
De acordo com a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila
Abdelmalack, “o mercado tinha uma expectativa que o Banco Central (BC) fosse
até mais hawkish (austero). Existe sempre a impressão de que ele (BC) está
atrás da curva, que usa um remédio menos amargo do que deveria”.
O novo adiamento da votação da PEC dos Precatórios também vai ganhando
contornos dramáticos: “O governo colocou todas as fichas do orçamento de 2022
nesta PEC. Isso (a aprovação) não é algo tão trivial como disse o
(ministro da Economia) Paulo Guedes”, observa Abdelmalack.
Segundo o head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o Banco
Central, ontem, fez o papel dele, pois o balanço de riscos – fiscal e
inflação, por exemplo – só piorou”. Weigt ressalta que embora a declaração
da instituição não tenha sido forte, a ata da reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom) pode ser mais conclusiva.
Para Weigt, o problema vai além do fiscal: “O político está mandando,
como no caso dos Precatórios, já que a votação ocorre na Câmara dos
Deputados. Esta indefinição é precificada no câmbio”, aponta. Weigt também
acredita que mesmo com o rompimento do teto, o mercado se acalmaria caso
soubesse que isso não aconteceria novamente.
Por volta das 11h50 (horário de Brasília), o dólar comercial subia
0,91%, cotado a R$ 5,6070 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento em novembro de 2021 avançava 1,22%, cotado a R$
5.607,50.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência
SAFRAS
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R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 31/07/2025 11:10