CÂMBIO: Inflação nos Estados Unidos e riscos fiscais fortalecem dólar

Porto Alegre, 12 de janeiro de 2022 – O dólar abriu a sessão em alta.
Após um forte tombo na terça (-1,67%), a moeda ensaia um movimento de
recuperação, à espera dos dados de inflação nos Estados Unidos referentes a
dezembro, e afetada pelos costumeiros temores fiscais e políticos domésticos.

Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “este patamar
dos R$ 5,57 está muito difícil de ser batido. Estamos em um ano eleitoral, e o
receio de que a reforma trabalhista e o teto de gastos sejam revogados pelo
candidato que está na liderança aumenta a percepção de risco”.

Weigt acredita que os países emergentes e ativos serão afetados mais pela
aceleração do tapering (remoção de estímulos) do que pelo aumento dos
juros nos Estados Unidos: “O Powell está muito ‘morde e assopra’, alternando
frases hawkish (duras) e dovish (propenso a não aumentar os juros)”, diz
referindo-se ao presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano).

Por volta das 9h36 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,28%,
cotado a R$ 5,5950 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento em fevereiro de 2022 avançava 0,45%, cotado a R$
5.619,00. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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