CÂMBIO: Lucro menor da indústria chinesa afeta exportador e dólar sobe

Porto Alegre, 27 de novembro de 2014 – O dólar comercial iniciou os
negócios em alta influenciada pela queda de 2,1% no lucro das indústrias
chinesas em outubro. A fraqueza do setor industrial na China no mês passado
pode afetar o desempenho das exportadoras brasileiras, que têm no país o maior
parceiro comercial.

“Essa queda no lucro das indústrias chinesas é o fator que explica a
valorização do dólar. Além disso, o feriado do dia de Ação de Graças nos
Estados Unidos diminui consideravelmente a liquidez no mercado brasileiro”,
disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno.

Os lucros das indústrias caíram 2,1% em outubro, somando 575,47 bilhões
de iuanes (US$ 94,34 bilhões), conforme informações são do departamento
nacional de estatísticas do país (NBS), divulgadas pela agência de notícias
estatal, a “Xinhua”. O resultado foi consequência da fraca demanda, aumento
de custos trabalhistas e redução nos preços dos produtos.

Outra justificativa para essa alta é um ajuste após a queda de ontem,
quando a mínima do dólar chegou a ficar abaixo dos R$ 2,50. No mercado
externo, a divisa registra valorização sobre as principais moedas dos países
emergentes.

Segundo o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, como
as nomeações de Joaquim Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e de Nelson
Barbosa para o Ministério de Planejamento são dadas como certas, os
investidores ficam ansiosos com as entrevistas coletivas dos novos responsáveis
pelos ministérios.

“O dólar continuará flutuando, podendo registrar volatilidade, até que
as ações de Levy estejam mais definidas”, afirmou o economista-chefe da
SulAmérica.

Às 10h15, o dólar operava com alta de 0,19%, a R$ 2,5120 para venda. No
mercado futuro, o contrato futuro da moeda norte-americana que expira em
dezembro tinha valorização de 0,39%, cotado a R$ 2.512,500. As informações
são da Agência CMA.

Revisão: Cândida Schaedler / Agência SAFRAS

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