Porto Alegre, 16 de agosto de 2016 – O dólar comercial iniciou as
negociações em queda ante o real, diante da percepção de que o Federal
Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deverá retomar a elevação de
juros nos Estados Unidos apenas no ano que vem em meio aos sinais de demora na
recuperação dos preços no país.
Dados divulgados mais cedo mostraram que a inflação ao consumidor dos
Estados Unidos ficou estável em julho ante junho, em linha com as estimativas
de analistas. O mercado aguarda, ainda, a divulgação do desempenho da
indústria do país, programada para 10h15, e o discurso do presidente da
unidade de Atlanta do Fed, Dennis Lockhart, prevista para 13h30.
“Os mercados externos estão favoráveis para as economias emergentes,
principalmente com a manutenção de taxas de juros baixas dos desenvolvidos.
Assim, continuamos a ver a queda da percepção de risco Brasil, algo que deve
impulsionar a bolsa para cima e manter pressão baixista no dólar e juros”,
avalia a equipe da Guide Investimentos. Por volta das 10h (de Brasília), o
dólar comercial caía 0,68% ante o real, cotado a R$ 3,1680 na venda.
O dólar cai mesmo diante da decisão do Banco Central (BC) de elevar o
volume de contratos ofertados nos leilões de swap cambial reverso – que
equivalem à compra de dólares no mercado futuro e, em tese, limitariam as
perdas da moeda norte-americana. Segundo o economista-chefe da SulAmérica
Investimentos, Newton Rosa, a desvalorização do dólar favorece as commodities
de maneira geral, o que também favorece o real.
No campo doméstico, notícias de que o governo deve revisar de 1,2% para
1,6% a estimativa oficial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para
2017 também devem dar suporte aos ativos brasileiros. Ao meio-dia, o presidente
do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, e o ministro da Fazenda, Henrique
Meireles, almoçam e devem discutir as novas previsões para a economia do
País. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 01/11/2024 16:00