CÂMBIO: Postura defensiva do BC provoca queda do dólar e dos DIs

Porto Alegre, 1 de fevereiro de 2016 – O dólar comercial e as taxas de
juros futuras mantêm a trajetória de queda reagindo à postura defensiva do
Banco Central (BC) na semana passada ao dar sinais de que a inflação será
controlada com atuação no mercado de câmbio. Estímulos monetários dos
bancos centrais na Ásia e na Europa também colaboram para o recuo da divisa.
Há pouco, o dólar comercial caía 1,01%, cotado a R$ 3,9820 para venda, sendo
que a mínima do dia atingiu R$ 3,9740.

Segundo o operador de câmbio da H.Commcor, Cleber Alessie, a ata do
Comitê de Política Monetária (Copom) deixou claro que o controle da
inflação no País acontecerá principalmente com a vigilância do dólar. “O
recado dado para o mercado foi que se a divisa chegar à máxima de R$ 4,25
haverá atuação, assim como em setembro de 2015”.

As taxas futuras de DI também operam no campo negativo, e, mais cedo
aceleraram as quedas após a agência “Bloomberg” ter noticiado que o BC
poderá fazer um corte na Selic diante da pressão nos preços ao consumidor
neste momento de recessão. Esse tipo de medida não acontece desde 2012.

O economista-chefe da Azimut Brasil, Paulo Gomes, lembrou que a ata do
Comitê indicou aos analistas que os juros não serão elevados mesmo com a
recente alta da inflação no mês, tanto que no Boletim Focus de hoje, a
previsão dos economistas para a Selic ao fim de 2016 foi de 14,25% ao ano (aa),
pela primeira vez. Diante desse cenário, a taxa do DI para janeiro de 2018
caía de 15,17% para 15,02%, e, para janeiro de 2017 passava de 14,55% para
14,40%. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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