CÂMBIO: Processo de impeachment pressiona, mas BC atua para conter baixa

São Paulo, 18 de abril de 2016 – O dólar comercial continua com
tendência de queda ante o real, após a abertura do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff na noite de ontem. O movimento, contudo, não será
tão expressivo. Analistas já haviam precificado a decisão e o Banco Central
(BC) continua dedicando esforços para minimizar ao máximo a valorização do
real por meio de leilões de swap reverso.

Logo após o BC anunciar o primeiro leilão do dia, com 80 mil contratos
ofertados, a moeda passou a operar em alta. Às 10h21 min (de Brasília), o
dólar subia 1,98% ante o real, cotado a R$ 3,5960.

“Considerando a piora nos mercados no exterior e o efeito boato-fato que
costuma haver no mercado em grandes eventos, é possível que a valorização
dos ativos brasileiros hoje seja modesta comparada com a semana passada. Ainda
assim, deve haver pressão para os juros futuros caírem, a bolsa subir e o real
se valorizar (esse último efeito podendo ser atenuado por intervenções do
Banco Central)”, avalia o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton
Rosa, em relatório.

Ontem, a Câmara dos Deputados votou pela admissibilidade do impeachment de
Dilma Rousseff, aprovando-o por 367 votos a favor contra 137. O processo agora
vai para o Senado, que pode votar pelo afastamento inicialmente temporário da
presidente entre os dias 10 e 12 de maio. “Os mercados devem iniciar de forma
positiva a semana, ainda que o rali possa passar por correção num segundo
momento. O avanço do processo já era precificado, mas o seu apoio
surpreendeu”, avalia a equipe de análise da Guide Investimentos.

As informações são da Agência CMA.

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