CÂMBIO: Puxado por aversão global ao risco, dólar sobe

Porto Alegre, 18 de outubro de 2023 – O dólar sobe, sem ímpeto. A moeda reflete as incertezas,
especialmente o conflito no Oriente Médio e a curva de juros futura nos Estados Unidos.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, embora o cenário mundial
seja conturbado, a moeda brasileira está performando bem. “O real está resiliente, embora o dólar
ganhe força mundialmente. Estamos em uma zona mais neutra, e a China se estabilizando ajuda”,
avalia.

Borsoi, contudo, se diz assustado com o movimento do petróleo, assim como as taxas de juros dos
Estados Unidos. “Existe uma sensação ruim com o cenário de juros americanos, de que o Federal
Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cantou vitória antes da hora. O movimento de ponta
reflete a postura leniente do Fed”, explica.

De acordo com a Ajax Research, “lá fora, a escalada da guerra no Oriente Médio se sobrepõe
aos dados econômicos chineses acima das expectativas. Por aqui, os ativos domésticos devem
acompanhar mau humor internacional”.

O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 1,3% no terceiro trimestre e 4,9% na comparação
interanual, acima das projeções de +0,9% e 4,9%, respectivamente. Já a produção industrial
avançou 4,5% em setembro (consenso de +4,4%) e as vendas no Varejo subiram 5,5% ante expectativas
de 4,9%.

Por volta das 14h31 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,35% cotado a R$ 5,0526
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em novembro de
2023 recuava 0,10%, cotado a R$ 5.058,00.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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