Porto Alegre, 14 de março de 2023 – O dólar opera em queda e ensaia firmar direção. Isso
reflete o temor de uma crise bancária nos Estados Unidos, o que poderia fazer com que o Federal
Reserve (Fed, o banco central norte-americano) encerasse o ciclo de aperto monetário.
Segundo o economista-chefe da Nova Futura Investimentos Nicolas Borsoi, “é um cenário sem
muita definição do que fazer, uma bifurcação global. A dúvida é se algo setorial, dos bancos
que atendem o setor de tecnologia, ou algo macro. A princípio, é apenas setorial, mas a incerteza
segue no mercado”.
Já no âmbito doméstico, Borsoi destaca o arcabouço fiscal que, segundo o próprio ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, deve ser apresentado ao presidente Lula ainda esta semana.
De acordo com o sócio da Ethimos Investimentos Lucas Brigato, “o CPI perdeu importância neste
contexto, dado que o aperto monetário poderia agravar a crise financeira. Já fica o sinal que
subir os juros poderia piorar o cenário”.
O Indice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro subiu 0,4% ante
projeções de 0,5%, enquanto o acumulado de 12 meses, até fevereiro, foi de 6,0% ante projeções
de 6,1%.
Brigato entende que este cenário global também reflete no Brasil, fazendo com que um corte na
Selic (taxa básica de juros) possa ocorrer antes do esperado.
Para o sócio fundador da Pronto! Invest Vanei Nagem, “o CPI veio praticamente igual ao
esperado. A quebra do Signature e Silicon Valley Bank aconteceu muito provavelmente devido ao
aumento dos juros nos Estados Unidos, que gerou uma fuga de capital”. No Brasil, observa Nagem, o
Banco Central (BC) faz um trabalho que não deixa que as instituições bancárias quebrem, como
ocorreu nos Estados Unidos.
Nagem acredita que o dólar tende a ceder nos próximos dias, a começar por hoje. O executivo
entende que, dado o cenário atual, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai
rever o aumento dos juros, na próxima semana para a faixa entre a estabilidade e 0,25 ponto
percentual (pp).
Por volta das 15h39 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 0,41%, cotado a R$ 5,2470
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de 2022
recuava 0,01%, cotado a R$ 5.266,50. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45