Porto Alegre, 06 de maio de 2022 – O dólar segue em alta, com rumo
definido. O desafio à frente do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) fortalece globalmente a moeda dos Estados Unidos. Neste
cenário, de aversão ao risco, as dúvidas sobre os rumos da economia americana
vão ganhando força.
Segundo o sócio da Levante, Enrico Cozzolino, “agora é mais do que
evidente que os Estados Unidos vão ter de subir os juros e isso é mais
favorável ao dólar, e inevitavelmente irá afetar os salários e o emprego”.
Cozzolino entende que, no curtíssimo prazo, o real deve sofrer uma
desvalorização significativa: “Os R$ 5,10 torna-se um suporte, e o dólar
está subindo para buscar os R$ 5,40, de acordo com a análise técnica”,
projeta.
Para o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “o mercado
está percebendo o grande desafio que o Fed tem pela gente, que é trazer a
inflação para baixo sem causar uma recessão. A percepção é que ele (o Fed)
está atrás da curva”.
Embora a tendência seja que o real se estabilize nas próximas semanas, com
a sinalização de mais um aumente na Selic (taxa básica de juros): “Isso
mostra que o real estava supervalorizado. O cenário externo é mais desafiador
para os ativos brasileiros, assim como internamente as eleições devem gerar
muita volatilidade no dólar”, analisa Rostagno.
O payroll (folha de pagamento, um dos principais indicadores do emprego nos
Estados Unidos) mostrou que, em abril, 428 mil vagas foram criadas (expectativa
de 400 mil) e o desemprego ficou em 3,6% (previsão de 3,55%). A criação de
empregos em março, contudo, foi revista de 631 mil para 428 mil vagas.
De acordo com boletim da Ajax Capital, “lá fora, movimento de alta das
taxas de juros dos Treasury Bonds segue, o que impacta negativamente as ações
e as moedas dos emergentes”. A Ajax ainda citou a importância do payroll, que
pode dar novos indícios de uma recessão nos Estados Unidos.
Há pouco, o dólar comercial subia 1,27%, cotado a R$ 5,0790 para venda. No
mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em junho de
2022 avançava 0,99%, cotado a R$ 5.118,00.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2022 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45