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CÂMBIO: Tensão entre BC e Governo fortalece dólar

23 de março de 2023
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Porto Alegre, 23 de março de 2023 – O dólar acelerou o ritmo de alta e define direção. O
driver de hoje é majoritariamente doméstico, especialmente na volta da pressão do Governo sobre o
Banco Central (BC) com a intenção de reduzir a taxa de juros. Esta tensão afeta diretamente o
real.

Segundo o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “o câmbio está refletindo as
tensões entre Governo e BC. As moedas emergentes estão se valorizando frente ao dólar”.

Rostagno entende que em tempos “normais” os juros prolongados deveriam valorizar o real, que
hoje deveria estar em alta de cerca de 0,30%, e acredita que um corte imediato dos juros iria
desancorar ainda mais a expectativas e prejudicaria o câmbio.

De acordo com o sócio-fundador da Pronto! Invest Vanei Nagem, “a justificativa do Comitê de
Política Monetária (Copom) (para manter os juros) foi muito agressiva, mesmo com a situação lá
fora um pouco mais leve. Foi uma pequena peitada no Governo, não precisava disso. Essa briga não
é legal para o País”.

“O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mostra que talvez não dê mais
aumentos, e isso deve ser bom para o real. É um movimento de pequeno alívio”, opina Nagem.

Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, “o Federal Reserve (Fed, o banco
central norte-americano) emitiu um sinal de que o aperto monetário pode estar próximo do fim neste
ciclo ao elevar 0,25 ponto percentual (pp), porém entendeu que o atual panorama possui mais
questões em aberto do que respostas. Mesmo aliviando o discurso de novos aumentos, retirando o
termo ‘constantes’, não deu como finalizado o aperto ao citar que ‘algum endurecimento adicional da
política pode ser apropriado para atingir uma postura de política monetária que seja
suficientemente restritiva para retornar a inflação para 2% ao longo do tempo'”.

Já no âmbito doméstico, Vieira entende que “o Banco Central (BC) não se deixou sensibilizar
pelas constantes demandas do governo pelo início do afrouxamento monetário mandou um recado duro,
ao citar novamente o risco fiscal como importante fator. A inflação subjacente (núcleo) ainda
elevada foi também posta como fator relevante para a manutenção dos juros nos atuais patamares e
foi inclusive citada a possibilidade de, se necessário for, o Comitê de Política Monetária
(Copom) pode promover ajustes adicionais da taxa de juros, algo que soa como um terror nas fileiras
do Executivo”.

Por volta das 15h54 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,97%, cotado a R$ 5,2870
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de 2022
avançava 0,85%, cotado a R$ 5.296,00. As informações são da Agência CMA.

Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2023 – Grupo CMA

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