CÂMBIO: Tensão entre China e EUA, política doméstica e Copom fortalecem dólar

Porto Alegre, 2 de agosto de 2022 – O dólar segue em sólida alta, ensaiando firmar direção.
Os ruídos políticos, protagonizados pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre Moraes, somam-se
às expectativas de o Comitê de Política Monetária (Copom) encerrar amanhã o ciclo de aperto
monetário e à tensão entre China e Estados Unidos.

Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “o ambiente
externo é de aversão ao risco, mas a possibilidade do Banco Central (BC) sinalizar o final do
aperto do ciclo monetário é ruim para o câmbio.”

Serrano também entende que os novos ataques de Bolsonaro a Alexandre de Moraes gera um ruído
político. O chefe do executivo declarou, nesta terça-feira, que os inquéritos do ministro são
“ilegais, imorais”, e ainda disse que está sendo perseguido de modo implacável, referindo-se ao
inquérito das fake news.

De acordo com boletim da Ajax Capital, “lá fora, aumenta o risco geopolítico com possíveis
tensões entre China e Estados Unidos, após viagem de Pelosi a Taiwan”, referindo-se à visita da
presidente da câmara estadunidense, Nancy Pelosi, o que pode ser encarado pela China – detentora do
território – como uma afronta.

Por volta das 14h22 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 1,33%, cotado a R$ 5,2460
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em setembro de
2022 avançava 0,98%, cotado a R$ 5.289,50.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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