Porto Alegre, 26 de outubro de 2022 – O dólar ganhou força. Além do cenário doméstico
turbulento, houve piora no âmbito global, com preocupações que envolvem especialmente a
consistência da recuperação da economia chinesa.
De acordo com a economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest Cristiane Quartaroli, “a
percepção é de bastante aversão ao risco, com os investidores não querendo assumir posições.
A disputa está bem acirrada, o que gera incertezas no mercado”.
“A grande dúvida é que o mercado não sabe como será a área fiscal no próximo ano. Existe
uma preocupação com isso”, observa Quartaroli.
Segundo o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi, “estamos descolados e não
aproveitamos a queda global do dólar. O mercado reduziu o entusiasmo para uma vitória do
(presidente, Jair) Bolsonaro nas eleições”.
Borsoi acredita que a nova configuração do comando na China impacta o crescimento do país
asiático e, consequentemente, dos emergentes ligados às commodities, como o Brasil.
Quartaroli, “embora maioria das apostas seja na manutenção da Selic (taxa básica de juros),
ainda não se sabe ao certo se o ciclo de aperto monetário chegou ao fim ou não, já que as
previsões de inflação para 2023 e 2024 permanecem acima da meta”.
“O fator eleitoral continua colocando cautela nos mercados, principalmente pela incerteza da
agenda fiscal dos candidatos”, analisa Quartaroli.
Por volta das 15h36 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,86%, cotado a R$ 5,3690
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em novembro de
2022 avançava 0,98%, cotado a R$ 5.373,00. As informações são da Agência CMA.
Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45