Porto Alegre, 21 de julho de 2022 – O dólar opera em alta, volátil. A decisão do Banco
Central Europeu (BCE) em aumentar em 0,5% os juros ainda é absorvida pelo mercado, que vê com bons
olhos o movimento da instituição, com sinais de um combate mais duro à inflação.
De acordo com o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “por mais que tenha sido
hawkish (duro, propenso ao aumento de juros), o mercado interpretou isso muito bem. Os riscos de
desancoragem da inflação estavam muito altos, chegando a níveis preocupantes”.
Komura também acredita que o anúncio da criação do Instrumento de Proteção de Transmissão
(TPI, na sigla em inglês), que permitirá ao banco comprar títulos ao ver indícios de uma
fragmentação financeira, foi positivo: “Isso mostra que o BCE está comprado com a ideia de manter
a estabilidade e inflação”, analisa.
Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, “o câmbio deve se deteriorar
com a postura do BCE, que puxou os juros mais do que se esperava. Vai começar uma mudança de fluxo
estrangeiro para a Europa”.
Sanchez entende que a postura da instituição foi hawkish, e que a taxa terminal deve atingir
ao menos 3%: “Ainda assim, o BCE está bem para trás no combate inflacionário, e agora está
correndo atrás do prejuízo”, opina.
Por volta das 10h52 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,23%, cotado a R$ 5,4750
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2022
avançava 0,06%, cotado a R$ 5.490,00. As informações são da Agência CMA.
Revisão: Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 19/08/2025 08:45