Porto Alegre, 6 de janeiro de 2022 – Em sessão marcada por volatilidade, o
dólar opera em queda. Altamente precificada, a moeda norte-americana não
reflete as agruras fiscais domésticas, assim como o iminente aumento dos juros
nos Estados Unidos e aceleração do tapering (remoção dos estímulos) naquele
país.
Segundo o sócio da Euroinvest, Cristiano Fernandes, “o imbróglio com os
auditores acabou complicando a questão fiscal. É um cabo de guerra”.
Fernandes acredita que o teto do dólar ainda é R$ 5,70, mas que a
situação tende a mudar: “Já se fala em dólar a R$ 6 já neste trimestre,
pressionado pela inflação e as eleições presidenciais”, projeta.
Para a equipe da Ajax Capital, o teor do documento divulgado pelo Federal
Reserve (Fed, o banco central norte-americano), ontem, mostra que os juros
norte-americanos devem aumentar “mais cedo ou mais rápido do que o esperado
anteriormente”. Isso afeta diretamente as economias e moedas emergentes.
Por outro lado, os ruídos fiscais não saem do radar, com o risco do
descontrole dos gastos públicos: “no curto prazo, as atenções devem se
concentrar nas pressões por maiores gastos públicos locais. Essa incerteza
fiscal pode ainda continuar a levar uma depreciação cambial e abertura dos
juros”, pontua a Ajax.
Por volta das 11h54 (horário de Brasília), o dólar comercial caía
0,01%, cotado a R$ 5,7090 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento em fevereiro de 2022 avançava 0,12%, cotado a R$
5.742,00. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 19/12/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,59Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.930,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.000,00Milho Saca
R$ 68,50Preço base - Integração
Atualizado em: 19/12/2025 08:45