CÂMBIO:Dólar abre perto de R$ 4,20 com eleição e emergentes, mas reduz alta

Porto Alegre, 4 de setembro de 2018 – O dólar abriu a sessão novamente em
alta acelerada, encostando-se à faixa de R$ 4,20 logo no início dos
negócios, mas devolveu boa parte dos ganhos, sendo ainda cotado acima de R$
4,15. O mercado doméstico de câmbio acompanha a pressão externa sobre os
países emergentes e as incertezas com o cenário eleitoral no Brasil.

Às 9h57, o dólar à vista subia 0,40%, cotado a R$ 4,1690, não muito
distante da cotação mínima do dia, a R$ 4,1620 (+0,24%), depois de subir até
R$ 4,1950 (+1,04%), na cotação máxima até então. No mercado futuro, o
contrato do dólar para outubro avançava 0,15%, a R$ 4,1740.

Um operador de derivativos de um banco nacional lembra que o Banco Central
interveio no mercado de câmbio na semana passada quando o dólar ultrapassou a
marca de R$ 4,20. Com isso, os investidores acabaram ajustando a cotação,
vendendo a moeda norte-americana nos negócios à vista, sem a necessidade de
uma ação da autoridade monetária. “Isso acabou levando a moeda a um patamar
mais moderado”, diz.

Para o estrategista de multimercados da Icatu Vanguarda, Dan Kawa, o
processo de normalização monetária nas economias desenvolvidas,
principalmente nos Estados Unidos, combinado com a ausência de reformas
estruturantes em países emergentes é o principal responsável por esta
dinâmica negativa nos ativos locais. No Brasil, “existe uma eleição no meio
do caminho”, emenda.

Dessa forma, o destaque do dia é a divulgação da pesquisa Ibope sobre a
corrida presidencial, que será divulgada hoje à noite. O levantamento foi
feito pelo instituto desde o dia 29 de agosto até hoje e deve contemplar o
início da propaganda eleitoral em rádio e TV, as entrevistas dos candidatos no
Jornal Nacional e a decisão da Justiça Eleitoral (TSE) sobre o ex-presidente
Lula. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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