CÂMBIO:Dólar cai com IPCA, avanço da reforma Previdência e cenário externo

São Paulo, 10 de maio de 2017 – O dólar opera em baixa ante o real após
a divulgação da alta de 0,14% na inflação de abril, ante 0,25% em março – o
menor resultado do índice para o mês desde 1994, quando começa a série
histórica do Plano Real. Às 15h05 (de Brasília), a moeda norte-americana
recuava 0,69%, cotada a R$ 3,1630 na venda. Além disso, o avanço da reforma da
Previdência na Câmara e a demissão do diretor do FBI ajudam na queda.

“O avanço da reforma da Previdência na Câmara combinado ao IPCA mais
fraco do que esperado traz expectativa de aceleração do corte da taxa Selic
pelo BC [Banco Central]”, avalia o analista da Lerosa Investimentos, Vitor
Suzaki.

Em 12 meses, o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou
para 4,08%, em base mensal, menor taxa em 12 meses desde julho de 2007, quando
se situou em 3,74%. Em reflexo a estes dados, o dólar transitou entre a mínima
de R$ 3,1540 (-0,97%) e a máxima de R$ 3,1750 (-0,32%), valores abaixo do
fechamento de ontem, de R$ 3,1850.

O operador de câmbio do Grupo Ourominas, Ademar Vitor Pereira Mendes,
acredita que há espaço para diminuições mais profundas na divisa. “A
atitude do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em demitir um diretor do
FBI que o investigava trouxe insegurança para os investidores que têm
aplicações no país, fazendo com que buscam os emergentes”, explica.

Lá fora, o dólar perde das principais moedas internacionais, em
consequência ao impacto da retomada nos preços de commodities como o petróleo
e o minério de ferro, que também favorecem as economias emergentes. O preço
do WTI com vencimento em junho sobe 3,72%, a US$ 47,57 o barril. Os preços dos
contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, com
vencimento em setembro subiu 1,84%, para US$ 68,17 por tonelada.

As informações são da agência CMA.

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