CÂMBIO:Dólar fecha praticamente estável em dia sem negócios c/feriado em SP

Porto Alegre, 09 de julho de 2018 – Apesar de ficar sem negociações em
razão do feriado no estado de São Paulo e que deixou a B3 sem operações, o
dólar fechou praticamente estável (-0,02%), cotado a R$ 3,8692 para venda na
comparação com o fechamento de sexta-feira (R$ 3,870; -1,65%).

Apesar de volátil ao longo da sessão, “a limitação de liquidez devido
ao feriado fez a tração dos mercados diminuir por aqui”, diz o analista da
Correparti, Ricardo Gomes Filho. “O ambiente de elevados spreads bancários com
a falta de referência do mercado futuro de dólar e a consequente postura
defensiva dos bancos, naturalmente resultou em um pregão de baixo interesse em
se negociar moedas”, destaca.

Lá fora, o dólar recuperou um pouco de força em comparação à abertura,
quando perdia para as principais moedas pares e de países emergentes, com
exceção do peso mexicano e da lira turca que cai ao redor de 2,5% ante a moeda
norte-americana.

Expectativa

Amanhã, o mercado deve abrir “nervoso”, diz o diretor de câmbio da mesma
corretora, Jefferson Rugik. Segundo ele, sem negócios hoje, fica para esta
terça-feira a repercussão do “solta-prende” do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva ontem, o que só “reforça o cenário de incertezas políticas e
indefinições eleitorais”, já que o pedido de soltura do petista abre brecha
para que ele participe das eleições. “Não como candidato, mas como uma
sombra que direcionará votos”, diz.

Ontem, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF4),
Rogério Favreto, concedeu um habeas corpus ao ex-presidente, porém, o
presidente da mesma instituição, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, manteve
a prisão do petista. O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso
contra o habeas corpus.

Favreto concedeu o habeas corpus à Lula em regime de urgência e a decisão
deveria ser cumprida ontem mesmo. Porém, o juiz Sérgio Moro, citado no
documento como autoridade coatora, resolveu despachar no processo e declarou que
o desembargador não tinha competência para tomar tal decisão.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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