Porto Alegre, 15 de abril de 2019 – O dólar comercial opera em queda
frente ao real seguindo o exterior, onde o ambiente é mais favorável ao risco,
mesmo com investidores atentos ao início da temporada de balanços
corporativos. Aqui, apesar do viés de correção após a alta no fechamento de
sexta-feira (+0,85%, a R$ 3,8900), a política local segue no radar dos
investidores à espera de avanços na tramitação da reforma da Previdência ao
longo da semana e atentos ao encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e o
ministro da Economia, Paulo Guedes, após a intervenção de Bolsonaro na
política de preços da Petrobras.
Às 9h58 (de Brasília), a moeda estrangeira operava em queda de 0,66% no
mercado à vista, negociada a R$ 3,8640 para venda, depois de oscilar entre
mínima de R$ 3,8640 (-0,64%) e máxima de R$ 3,8920 (+0,05%). O contrato futuro
para maio caía 0,45%, a R$ 3,8680. Lá fora, o Dollar Index caía 0,14%, aos
96,837 pontos.
“Investidores vêm de uma cautelosa sexta-feira, quando a atuação de
Bolsonaro na política de preços da Petrobras custou mais de R$ 30 bilhões em
valor de mercado da estatal, a qual encara hoje um importante ‘teste de
resiliência'”, comenta um analista da H.Commcor.
Para o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, a Petrobras pode
ter forte impacto no câmbio. “A tendência natural seria de que o dólar
abrisse em queda, entretanto, com a crise da petrolífera, poderemos ter ainda
uma sessão de proteção”, comenta.
Na sexta, Bolsonaro anunciou a suspensão do aumento de 5,7% no preço do
diesel, o qual a medida intervencionista foi comparada ao governo da
ex-presidente Dilma Rousseff. Após o fato, o ministro da Economia, que estava
em evento em Nova York, declarou que uma conversa com o presidente “consertaria
tudo”. Um encontro entre os dois está marcado para hoje à tarde. “Tendo
como missão principal acalmar os ânimos do mercado, mas a conferir”, diz um
analista da H.Commcor.
Em semana mais curta devido ao feriado na sexta-feira, investidores
aguardam pela votação do parecer favorável à admissibilidade da Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados. “Passo
que está dando calafrios inesperados ao mercado em meio à resistência dos
partidos do centrão e de oposição”, reforça o analista da H.Commcor.
Com o exterior, em dia “mais calmo”, a atenção se volta para o início
da temporada de balanços corporativos, referente ao primeiro trimestre.
Enquanto há rumores de que, aos poucos, os Estados Unidos e a China vão
acertando os detalhes de um acordo comercial. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 16/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.250,00Milho Saca
R$ 71,00Preço base - Integração
Atualizado em: 15/05/2025 09:30