CÂMBIO:Dólar opera em queda, de olho em Fed, guerra comercial e Previdência

Porto Alegre, 29 de abril de 2019 – O dólar comercial abriu a semana
exibindo queda frente ao real acompanhando o comportamento das moedas de países
emergentes que se valorizam frente ao dólar às vésperas de feriado, decisão
de política monetária nos Estados Unidos, além da espera por avanços em
mais uma rodada de negócios entre chineses e norte-americanos sobre a guerra
tarifária. No cenário local, a reforma da Previdência, mesmo sem ter avanços
na semana, segue no radar do mercado.

Às 9h50 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,15%
no mercado à vista, negociada a R$ 3,9270 para venda, enquanto o contrato
futuro para maio tinha leve queda de 0,07%, a R$ 3,9270. Lá fora, o Dollar
Index operava praticamente estável (+0,05%), aos 98,056 pontos.

A reforma da Previdência segue no radar dos investidores no mercado local,
porém, sem expectativa de avanços nesta semana. No fim de semana, o
presidente Jair Bolsonaro recebeu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, no
Palácio da Alvorada, para tratar do tema. “As expectativas são de que o
feriado atrapalhe a tramitação da reforma sendo que nenhuma sessão
deliberativa é esperada para os próximos dias”, diz o analista de câmbio da
Correparti, Ricardo Gomes Filho.

Com estimativa de que a comissão especial só deverá trabalhar no assunto
na próxima semana, a equipe econômica da H.Commcor destaca que, sem ter muito
o que o mercado especular, o dólar volta a “abrir espaço para uma maior
conexão ao cenário externo”.

Lá fora, a guerra comercial entre os Estados Unidos e China voltam à
pauta com a visita de uma comissão norte-americana ao governo chinês para mais
uma rodada de negócios. Enquanto boa parte dos mercados estará fechada na
quarta-feira, é dia de decisão de política monetária do Federal Reserve
(Fed, o banco central norte-americano).

“Quaisquer sinalizações ou movimento do Fed serão ajustados por aqui
apenas na quinta-feira, o que deve limitar excessos de exposição em qualquer
direção nos principais mercados”, comentam os analistas. Com informações da
Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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