CÂMBIO:Dólar opera em queda em correção, atento à leilão e guerra comercial

Porto Alegre, 7 de novembro de 2019 – O dólar comercial recua frente ao
real após forte estresse na sessão anterior, com a moeda subindo mais de 2%,
em meio à frustração do mercado doméstico com o megaleilão de excedentes da
cessão onerosa, o qual não teve participação de estrangeiros, enquanto a
Petrobras dominou os arremates ontem e os blocos ofertados hoje. Lá fora,
novidades quanto a guerra comercial entre Estados Unidos e China anima
investidores estrangeiros.

Às 10h01 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,17%
no mercado à vista, cotada a R$ 4,0740 para venda, enquanto o contrato para
dezembro caía 0,12%, a R$ 4,0790. Lá fora, o Dollar Index tinha ligeira alta
de 0,02%, aos 97,974 pontos.

Lá fora, rumores de que Estados Unidos e China podem adiar a assinatura da
chamada “fase 1” do acordo comercial para dezembro, provocou um pequeno mau
humor nos mercados ontem. Hoje, portanto, o porta-voz do ministério do
Comércio chinês, Gao Feng, declarou que os países concordam em remover as
tarifas impostas anteriormente de maneira “gradual e simultânea” assim que o
acordo for assinado. O que anima investidores globais.

Sobre o leilão de quatro blocos do pré-sal ontem, a frustração do
mercado veio, segundo o economista-chefe da Infinity, Jason Vieira, com a
“fracassada” participação estrangeira no processo, a qual gerava uma
expectativa de fluxo intenso de dólares ao País. Além disso, o evento
arrecadou R$ 69,9 bilhões enquanto o governo federal esperava arrecadar R$
106,5 bilhões.

Hoje, o consórcio formado pela Petrobras arrematou mais o bloco SS-AP3, em
Aram, na Bacia de Santos, com participação de 80% da estatal e de 20% da
chinesa CNODC, pelo valor de R$ 5,05 bilhões. Até o momento, outros três
blocos ofertados, de Cruzeiro do Sul, Sudoeste Sagitário e Bumerangue, não
despertaram interesse das petrolíferas. Com isso, a moeda desacelerou o ímpeto
de queda exibido na abertura dos negócios. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2019 – Grupo CMA