CÂMBIO:Dólar oscila, mas tem viés de queda, atento à Previdência e exterior

Porto Alegre, 2 de julho de 2019 – O dólar comercial oscila frente ao
real, mas exibe viés de queda, desde a abertura dos negócios atento à reforma
da Previdência, que pode ter o futuro definido hoje, na comissão especial da
Câmara dos Deputados com a leitura do parecer final do relator Samuel Moreira
(PSDB-SP). Investidores monitoram se haverá a leitura e os detalhes do texto.
No exterior, onde o mercado é misto, a atenção se atenta a uma possível
guerra comercial que pode envolver os Estados Unidos e a União Europeia.

Às 10h08 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,15%
no mercado à vista, cotada a R$ 3,8390 para venda, depois de oscilar na
mínima de R$ 3,8380 (-0,18%) e máxima R$ 3,8490 (+0,10%). O contrato futuro
para agosto recuava 0,14%, a R$ 3,8470. Lá fora, o Dollar Index também recuava
0,12%, aos 96,732 pontos.

Aqui, o destaque é para a expectativa em torno da leitura do relatório
final da reforma da Previdência previsto para hoje. Após leitura, a matéria
irá para votação. “Até ontem não havia entendimento sobre a inclusão ou
não de estados e municípios no texto da reforma”, ressalta o analista da
corretora Mirae Asset, Pedro Galdi. O presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia, se reunirá às 10h30 com governadores em busca de apoio.

No exterior, a trégua comercial entre Estados Unidos e China perdeu
“parte de seu encanto”, enquanto o presidente norte-americano, Donald, Trump
aperta o protecionismo em cima da União Europeia (UE), comenta o
economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.

Ontem, o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos
(USTR, na sigla em inglês) propôs uma lista suplementar de produtos europeus
que poderiam estar sujeitos a tarifas adicionais no âmbito da disputa na
Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre subsídios concedidos à Airbus
pela UE. Tarifas que podem chegar a US$ 4,0 bilhões.

“Por ora, o mercado não indica nenhuma grande aversão ao risco com essa
notícia, mas fica no radar em meio a tantas outras frentes comerciais”,
comentam os analistas da H.Commcor. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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