Porto Alegre, 27 de novembro de 2019 – O dólar comercial opera sem
direção única frente ao real, após abrir indicando queda em correção após
a moeda atingir os maiores níveis da história, chegando ao patamar de R$ 4,27
reagindo às falas do ministro da Economia de que o País deveria “se
acostumar” com a nova cotação da moeda estrangeira. Investidores aguardam
indicadores dos Estados Unidos à véspera de um feriado por lá e atento ao
Banco Central (BC) que pode voltar a intervir no mercado doméstico.
Às 9h59 (de Brasília), a moeda norte-americana operava praticamente
estável (-0,02%) no mercado à vista, cotada a R$ 4,2400 para venda, enquanto o
contrato para dezembro tinha alta de 0,11%, acima de R$ 4,24. Lá fora, o
Dollar Index tinha leve alta de 0,08%, aos 98,327 pontos.
Ontem, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participou de um evento em
Brasília e reiterou que as duas atuações da autoridade monetária ao longo do
pregão foram em função de um “movimento atípico” da moeda. Ele reforçou
que, caso a moeda mantenha sinais de “disfuncionalidade”, novas intervenções
serão feitas.
“Além de emitir dicas a respeito da atuação do BC no câmbio, Campos
Neto reforçou a ideia de que ainda existe espaço para mais um corte de 0,50
ponto percentual da Selic [taxa básica de juros] em dezembro”, comenta a
equipe econômica da H.Commcor. Ontem, a curva de juros futuros teve ajustes com
investidores domésticos colocando em xeque os próximos passos da taxa Selic
indicando que ela pode voltar a subir em 2020.
A equipe econômica do UBS reitera que a operação de venda de dólares no
mercado à vista, realizada ontem em dois momentos pelo BC – no qual ofereceu
dois lotes mínimos de US$ 1,0 bilhão, cada – é a operação que consiste em
utilizar recursos das reservas cambiais do País sem posterior retorno. Até
outubro, o montante das reservas estava e, US$ 369,8 bilhões.
“Normalmente, o BC fica receoso em usar deste instrumento uma vez que as
reservas são uma espécie de seguro para o País, o que evita desconfiança
maior por parte do investidor estrangeiro. Visto o robusto colchão de reservas
e dado o momento atual, seria prudente usar desta arma”, ressaltam os analistas
do banco.
Após uma sessão reagindo às declarações do ministro da Economia, Paulo
Guedes, o mercado deverá voltar a olhar o exterior, onde a liquidez tende a
ser reduzida à véspera do feriado de ação de graças nos Estados Unidos, que
fechará o mercado financeiro por lá amanhã e terá funcionamento reduzido na
sexta-feira.
Daqui a pouco, porém, saem dados da economia norte-americana como a
segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre e dados
sobre renda e gastos que tendem a mexer com a direção da moeda. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 08/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,28Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.630,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 69,00Preço base - Integração
Atualizado em: 12/08/2025 09:10