Porto Alegre, 26 de março de 2020 – O dólar comercial opera em queda
frente ao real, exibindo oscilações após abrir os negócios em alta. Há
pouco, saíram os dados de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos até
a semana passada com número recorde, levando a moeda a perder força no
exterior. Ainda nos Estados Unidos, o aguardado pacote de estímulos econômicos
de US$ 2,0 trilhões foi aprovado no Senado.
Às 10h58 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,49%
no mercado à vista, cotada a R$ 5,0090 para venda. Lá fora, o Dollar Index
recuava 0,81%, a 100,21 pontos.
Há pouco, saíram os dados de pedidos de seguro-desemprego nos Estados
Unidos até o dia 21 com um número recorde. Ao todo, foram 3,283 milhões de
edidos, o dobro do esperado (de 1,5 milhão) refletindo o forte impacto da
disseminação do novo coronavírus no país. Na semana anterior, o Departamento
de Trabalho do país havia registrado 282 mil pedidos.
A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, destaca que
o dólar passou a perder mais força no exterior após os dados, corroborando
para o melhor comportamento das moedas de países emergentes.
“Já era a tendência para o dia essa desvalorização do dólar frente
às principais moedas. Um dado ruim já era esperado. Agora, o mercado se
prepara para números consolidados bem ruins [referindo-se ao relatório de
empregos, o payroll]”, comenta. O consultor de câmbio de uma corretora local
acrescenta que a leitura é de que novos estímulos podem ser anunciados pelos
norte-americanos após esse “tombo” com dados iniciais do mercado de trabalho.
Na avaliação da equipe econômica da Capital Economics, o número recorde
“ilustra profundamente” a extensão da “devastação” econômica que o
coronavírus desencadeou.
“Haverá uma queda muito significativa no desemprego quando o número de
novas infecções por coronavírus cair e a economia começar a reabrir, mas
isso não reverterá todas essas perdas. A taxa de desemprego pode permanecer
elevada por anos. Além disso, existem boas razões para acreditar que
restrições compreensíveis à capacidade dos escritórios de processar
reivindicações significam que a imagem real das demissões é ainda pior”,
destacam os analistas.
O tão aguardado pacote fiscal dos Estados Unidos, de US$ 2,0 trilhões,
foi aprovado no Senado ontem à noite. Agora, segue para a Câmara dos
Representantes no qual a votação é prevista para amanhã.
“Valendo quase 10% do PIB [Produto Interno Bruto], o pacote pode ter a
votação adiantada. Donald Trump [presidente dos Estados Unidos] disse que tem
pressa e assinaria sua aprovação imediatamente”, ressalta o economista-chefe
da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.
Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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