CÂMBIO:Dólar sobe com baixa liquidez, atentos à guerra comercial e petróleo

São Paulo, 23 de novembro de 2018 – O dólar comercial abriu em alta,
acima dos R$ 3,81, com viés de cautela em mais um dia de negócios reduzidos
com o funcionamento parcial do mercado norte-americano, dando continuidade as
comemorações do dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. O desconforto do
mercado vem com declarações de Donald Trump sobre empresas de tecnologia da
China. A queda livre do petróleo também pode pesar ao longo da sessão.

Às 9h58 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,13%, cotada a R$
3,8120 para venda, depois de oscilar entre mínima de R$ 3,8090 (+0,05%) e
máxima de R$ 3,8210 (+0,37%). No mercado futuro, o contrato para dezembro
operava em alta de 0,26%, a R$ 3,812. Lá fora, mesmo com a baixa liquidez, o
Dollar Index tinha alta de 0,13%, acima dos 96,800 pontos.

A disputa comercial entre Estados Unidos e China ganha novo capítulo com o
presidente norte-americano, Donald Trump, iniciando um movimento pela
redução, ou até o fim, do uso de equipamentos de telecomunicação da empresa
chinesa Huawei Technologies por países aliados, como Japão, Alemanha e
Itália, alegando riscos de segurança cibernética.

Para a equipe da H.Commcor, a questão não é a postura de Trump, e sim o
“banho de água fria” que representa aos mais otimistas com o encontro entre o
presidente norte-americano e o presidente chinês, Xi Jinping, durante o G20 na
semana que vem, na Argentina. A expectativa é de um acordo entre os países e
impedir a elevação de tarifas de 10% para 25% em produtos importados da China,
o que representa bilhões de dólares, na virada do ano.

No mercado de commodities, o petróleo indica que terá dia negativo. Os
preços do petróleo WTI no pré-mercado caem mais de 4%, abaixo dos US$ 53 o
barril, enquanto o contrato para janeiro do Brent cai mais de 2,5%, próximo dos
US$ 61 o barril. Reflexo disso é a depreciação da maioria das moedas de
países emergentes e ligadas às commodities.

“As cotações da commodity permanecem deprimidas em meio as
preocupações com o aumento global da oferta e à baixa liquidez que prevalece
nos mercados”, comenta o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton
Rosa.

As informações são da agência CMA.

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