Porto Alegre, 12 de março de 2020 – O dólar comercial opera em forte alta
frente ao real após abrir no limite de alta e consequentemente nas máximas
históricas, acima de R$ 5,00 pela primeira vez, exibindo o ambiente de forte
aversão ao risco generalizado nos ativos globais em meio aos desdobramentos do
coronavírus. O Banco Central (BC) tentou conter o avanços da moeda por meio de
leilões de dólar no mercado à vista, o que levou a moeda às mínimas de R$
4,91.
Às 10h12 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha forte alta de 4,11%
no mercado à vista, cotada a R$ 4,9130 para venda, depois de operar na máxima
histórica intraday de R$ 5,0290 (+6,55%). O contrato futuro para abril, que
abriu no limite de alta, subia 1,81%, a R$ 4,9140. Lá fora, o Dollar Index
operava em alta de 0,53%, acima dos 97,000 pontos.
Na tentativa de conter o forte estresse da divisa estrangeira exibido
ontem, na reta final dos negócios, o Banco Central (BC) anunciou para hoje um
leilão de venda de dólares no mercado à vista de US$ 1,5 bilhão. Porém,
antes da abertura dos negócios, a autoridade monetária elevou o valor para US$
2,5 bilhões. Nesta operação, realizada entre 9h10 e 9h15, foram aceitos US$
1,278 bilhão. Diante disso, o BC ofertou mais US$ 1,250 bilhão logo depois,
mas US$ 322,0 milhões foram tomados.
Ontem, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar pandemia
mundial de coronavírus, a Itália, que já havia colocado o país em
quarentena, elevou o tom e ampliou as medidas contra o surto do vírus no país
como o fechamento do comércio local, autorizando que apenas supermercados e
farmácias fiquem abertos.
Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu
voos da Europa para o país por 30 dias, o que elevou a tensão dos mercados.
“O mundo enfrenta mais um dia de aversão ao risco com os efeitos da
disseminação do coronavírus sobre a economia mundial. Projeções de recuo do
PIB [Produto Interno Bruto] nas principais economias começam a ganhar
força”, comenta o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.
Ele acrescenta que, no Brasil, além do choque externo que deverá manter o
mercado acionário no negativo, há motivos domésticos para intensificar o
“quadro depressivo”. “Persiste o clima de confronto entre o Congresso e o
governo, ameaçando não só a aprovação das reformas, como também o ajuste
fiscal em curso”, reforça. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 31/07/2025 11:10