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‘-CANA-DE-AÇÚCAR: PRODUÇÃO EM MS PODE CUSTAR 11,5% A MAIS DO QUE EM SP

27 de maio de 2014
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SAFRAS (27) – Produzir cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul pode custar
11,5% a mais em relação aos investimentos necessários no estado de São
Paulo, o que representa o desembolso de R$ 0,06 a mais por quilo de Açúcar
Total Recuperável (ATR). Esta é uma das considerações do estudo de custos e
competitividade encomendada pela Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado (Sistema Famasul) e pela Associação dos Fornecedores de Cana
Sul-Mato-Grossense (Sulcanas), apresentado pelo presidente da Datagro, Plínio
Nastari, no auditório da Casa Rural, ontem.
De acordo com Nastari, a formação da lavoura da cana-de-açúcar,
exigindo o preparo do solo antes inapto para a atividade, e as altas taxas
tributárias contribuem para que Mato Grosso do Sul se sobressaia nos custos de
produção. “A transformação da pastagem degradada em solo fértil – junto
com o fato de o produtor pagar taxas para manutenção de estradas e não poder
compensar ICMS sobre insumos, sobrecarrega o custo de produção e desestimula
produtores que não conseguem gerar recursos e margem para cobrir os
investimentos”, destacou Nastari, referindo-se às políticas estaduais e
federais que limitam o desenvolvimento do setor sucroenergético.
O estudo encomendado pela Famasul e pela Sulcanas foi desenvolvido durante
a safra 2013/14 e faz a relação da produção canavieira de São Paulo,
Paraná, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, envolvendo os custos de 25
usinas e 12 associações/fornecedores de cana-de-açúcar. Para os resultados
foram levados em consideração os custos dos fatores de produção, que
envolvem mecanização e insumos, os custos operacionais que abrange formação
de canaviais, preparo do solo, plantio e outros, além de custos não
operacionais.
Para o presidente da Comissão de Agroenergia da Famasul, Luis Alberto
Moraes Novaes, identificar detalhes sobre os custos da cana-de-açúcar no
Estado, contribui para a elaboração de estratégias que geram competitividade.
“Verificar as dificuldades técnicas e de investimento por meio de pesquisa
nos dá embasamento para tomarmos posição a favor do produtor rural que mesmo
com empecilho, desenvolve e diversifica a produção”, afirma Novaes.
Fatores climáticos também foram apontados como estimuladores dos custos
de produção da cana-de-açúcar de Mato Grosso do Sul. As chuvas irregulares e
as geadas ocorridas no Estado em 2013 acumularam perdas de R$ 14,81 por
tonelada de cana e R$ 1.202,30 por hectare. O presidente da Sulcanas, Paulo
Diniz Junqueira Filho, alertou para outras contribuições da pesquisa. “Os
números quebram o paradigma de que Mato Grosso do Sul tem arrendamento barato e
alta lucratividade com o plantio de cana”, finalizou o dirigente. As
informações são da assessoria de comunicação da Famasul.

(CS)

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