Porto Alegre, 11 de outubro 2021 – O adido agrícola do Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em São Paulo está estimando a safra de
cana brasileira 2021/22 (abril-março) em 590 milhões de toneladas, sessenta e
sete milhões de toneladas a menos em relação à temporada anterior, uma
notável queda de dez por cento. O Centro-Sul deve colher e moer 535 milhões de
toneladas de cana, recuo de doze por cento na comparação com o ciclo passado.
Conforme o adido, diversos fatores contribuíram para derrubar a produção
de cana na principal região canavieira do Brasil. O tempo seco que prevaleceu
durante 2020, especialmente entre agosto e outubro, prejudicou os canaviais e
reduziu o potencial de produção. Além disso, a falta de chuvas aliada a altas
temperaturas também favoreceu a incidência de focos de incêndio nos campos.
Também houve relatos de incêndios criminosos em canaviais, muitas vezes
associados com a queima da palha da cana para limpar os campos e facilitar a
colheita. “Vale ressaltar que a legislação atual proíbe a queima da cana
nas lavouras onde a colheita pode ser mecanizada”, salientou o adido.
Ao mesmo tempo, os volumes de precipitação durante janeiro-setembro de
2021 foram bem abaixo da média, limitando o desenvolvimento das plantas. Além
disso, os preços estáveis dos grãos estimularam a migração de áreas
marginais de cana para a soja e o milho. Mais recentemente, os canaviais
Centro-Sul foram afetados por fortes geadas, mais especificamente nos dias 30 de
junho, 20 de julho e 30 de julho, danificando campos ainda não colhidos. Essa
situação levou as usinas a colherem essas áreas o mais rápido possível para
evitar maiores perdas. Parte dessas áreas só seria colhida na última fase da
safra. Como resultado, a produtividade geral dos campos será reduzida. Algumas
usinas devem terminar a temporada de moagem já em outubro, em vez de dezembro
apesar do clima predominantemente seco nos últimos meses.
Por outro lado, a produção de cana na região Norte-Nordeste (N-NE) deve
atingir 55 milhões de toneladas, um aumento de 5,7 por cento em relação à
safra anterior (52 milhões de toneladas), “assumindo que condições
climáticas normais prevalecerão até o final da colheita, em fevereiro de
2022”.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 09/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,75Preço base - Integração
Atualizado em: 13/05/2025 09:50