Porto Alegre, 7 de junho de 2017 – Nesta quarta-feira a Associação dos
Criadores de Mato Grosso (Acrimat) formalizou mais um pedido de isenção do
Impostos sobre Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS) para abate de gado
em outros Estados. O ofício foi novamente protocolizado na Secretaria de Estado
de Fazenda (Sefaz) e cobra um posicionamento do governo com relação a
situação da pecuária de corte.
Até o momento, a Acrimat não recebeu nenhuma resposta oficial da Sefaz ou
de outros representantes do governo do Estado e por isso vem cobrando,
reiteradas vezes, sensibilidade do governo. Em maio, o preço da arroba fechou o
mês a R$ 120,9, 3% a menos que na última semana de abril e 8,3% menor que em
maior do ano passado.
A desvalorização do preço da arroba está sendo impulsionada por uma
sequência de fatos políticos envolvendo o segmento industrial, mas com
reflexos diretos no produtor. Assim, a indústria tem adotado estratégias para
pressionar o preço da arroba, como a paralisação de atividades e limitação
nas formas de pagamento.
A possibilidade de abater os animais em outras unidades da federação sem
a incidência do ICMS traria alternativas de mercado para o setor e
consequentemente a valorização do produto.
O vice-presidente da Acrimat, Luís Fernando Conte destaca que a
associação vem pleiteando uma política de apoio ao setor produtivo da carne,
que há anos sofre com a concentração da indústria frigorífica. “Já
erámos reféns de quatro grandes grupos, sendo o principal dele detentor de 48%
do mercado. Agora, em virtude de crises políticas e de corrupção, o preço
está em queda e o produtor cada dia mais descapitalizado”.
De acordo com levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia
Agropecuária (Imea), maio registrou o maior número de abates do ano, com 435
mil animais. O volume supera inclusive os dados de maio ano passado, fechado em
413 mil. Com relação a abril, o aumento foi de 53%.
Segundo Luís Fernando, o governo precisa amparar o produtor neste momento,
que busca soluções para se manter na atividade. “Além de estar com a renda
comprometida, o pecuarista ainda possui contas a pagar e investimentos a serem
feitos. Caso nenhuma providência seja adotada pelo poder público, corremos o
risco de perder muitos produtores de carne para outra atividade”, afirma Conte.
As informações partem da assessoria de imprensa da Acrimat.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45