Porto Alegre, 4 de junho de 2019 – A ministra da Agricultura, Tereza
Cristina, disse hoje que o governo brasileiro já entregou à Organização
Internacional de Saúde Animal (OIE) os documentos necessários para reverter a
suspensão temporária da exportação de carne bovina para a China.
A suspensão temporária de certificados sanitários para a exportação de
carne para a China foi confirmada ontem (3) pelo ministério, após a
notificação de ocorrência de um caso de mal da vaca louca (Encefalopatia
Espongiforme Bovina) no Mato Grosso. A medida atende a um protocolo assinado
pelos dois países, em 2015.
“São suspensões temporárias, só para avaliação dos documentos
entregues [pelo governo brasileiro]. A OIE [Organização Internacional de
Saúde Animal] já terminou o processo. Abriu e fechou sem pedidos
complementares. É uma coisa absolutamente normal e estamos esperando a China
nos próximos dias nos pedir para retirarmos a suspensão, que foi feita pelo
Brasil”, disse a ministra, hoje (4), ao chegar ao Ministério de Minas e
Energia, onde participa da reunião do Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE).
O registro da doença foi informado na última sexta-feira (31). De acordo
com a pasta, trata-se de uma ocorrência isolada e sem risco para a população.
Segundo a ministra, a situação do comércio entre os dois países
continua bem, apesar do ocorrido. “Não tem nada. É uma coisa comum que
aconteceu em vários países. Isso mostra que o serviço de inspeção
brasileiro continua funcionando. Difícil seria se não acontecesse nunca
nada”.
Tereza Cristina lembrou que no ano passado mais de 20 países tiveram
ocorrências como esta, que é considerada atípica. “Não é contagiosa e não
tem perigo para ninguém. É uma coisa normal que mostra a transparência e a
governança do serviço de inspeção”, explicou.
“O único país que exige essa suspensão temporária é a China. Vamos
então conversar no futuro sobre um novo protocolo”, acrescentou a ministra,
sem especificar a data. “Não posso dizer quando [a medida será suspensa]
porque o problema agora está com a China. Não com o Brasil. O mais importante
é que Brasil e China fazem parte da OIE, que abriu o processo na sexta e fechou
ontem, liquidando o assunto”, completou.
A doença
Doença cerebral em bovinos adultos que pode ser transmitida aos seres
humanos pela ingestão de carne contaminada, o mal da vaca louca é causado por
proteínas alteradas e não tem cura nem tratamento. O cérebro das vítimas
perde massa e torna-se uma esponja, com o paciente sofrendo acelerada
deterioração mental e entrando em coma em poucos meses. Não existe
transmissão de uma pessoa para outra.
No fim dos anos 1990, alguns países da Europa enfrentaram um surto de
casos de vaca louca por causa do consumo, por outros animais, de ração
processada de bovinos afetados pela doença. Com informações da Agência
Brasil.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2019 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45