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CARNE BOVINA: Chineses querem comprar com maior valor agregado, diz IMAC

23 de maio de 2019
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Porto Alegre, 23 de maio de 2019 – Carne bovina macia e com marmoreio’,
este é o principal pedido para saciar a fome dos chineses. A demanda foi
ouvida pelo Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC) durante a missão liderada
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária de Abastecimento (Mapa) à China. Com
a relação comercial ainda limitada, a expectativa é que o mercado chinês em
breve se abra para a carne de Mato Grosso com a habilitação de mais
indústrias para exportação e a demanda será por carne com maior valor
agregado. Atualmente, o Brasil abastece a China com carne para
industrialização, em grandes volumes, porém com menor valor.

Em visita a uma indústria de processamento de carne, os integrantes da
comitiva do IMAC puderam ver de perto o padrão de qualidade exigido pelos
consumidores chineses e ter uma dimensão sobre o potencial deste mercado. De
acordo com o presidente do IMAC, Guilherme Linares Nolasco, tanto na indústria
quanto nas rodadas de negócios, ficou nítido o interesse dos compradores de
carne em ampliar as compras de carne do Brasil.

“Os compradores de carne, que adquirem o produto e distribuem para as
indústrias locais, sabem a quantidade de carne que precisam e querem saber se
podemos ou não atender. A habilitação de novas plantas, prevista para os
próximos meses, deverá ter um impacto significativo nas vendas de carne em
todo o país e principalmente em Mato Grosso. Temos que nos preparar para
atendê-los em breve”.

O IMAC integrou a comissão do Mapa com a presença de representantes de
Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), da
Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), e do governo estadual por
meio do secretário de desenvolvimento econômico César Miranda. O intuito era
ver de perto o mercado para entender o perfil da demanda chinesa.

O produtor rural Francisco Camacho, que participou da comitiva, destacou
que os chineses estão em busca da nossa carne. “Precisamos nos adequar em
algumas coisas com relação à política interna das empresas e externa de
governo. Foi uma visita importante para conhecer a lição a ser feita”,
afirmou o produtor.

O secretário César Miranda explica que foi possível entender algumas
características próprias do mercado da carne. “Vimos como funciona este
segmento de venda de carne, o e-commerce das grandes redes e esperamos em breve
colocar mais carne de Mato Grosso na China e com maior valor agregado”,
afirmou o representante da secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.
Atualmente apenas uma indústria em Mato Grosso está autorizada a comercializar
diretamente para a China.

De acordo com Guilherme Nolasco, os chineses se baseiam no padrão
comercial da Austrália para comprar e buscam carne produzida por animais
alimentados por ração e que tenham bom acabamento de gordura, que dá mais
sabor e maciez ao produto. “Os chineses querem carne com marmoreio, macia e de
qualidade. Eles têm como referência a carne australiana, produzida em grandes
confinamentos”, explica Nolasco.

Ainda segundo Guilherme Nolasco, Mato Grosso tem capacidade e aptidão para
atender o pedido da China, pois integra pecuária extensiva, a pasto, com a
intensificação da produção, cada vez mais presente no estado. “Os grandes
produtores de carne fazem a integração dos dois sistemas produtivos e finaliza
com o confinamento. Temos como aliada a grande oferta de grãos”.

Oriente Médio

Durante a missão realizada, o IMAC participou de uma reunião na Câmara
de Comércio de Dubai com o diretor do escritório internacional Omar Khan e
representantes de grupos de negócios. O interesse de Dubai é por comprar a
carne de Mato Grosso para abastecer os Emirado Árabes e para comercializar
diretamente para países como Arábia Saudita e Egito.

“A reunião com a Câmara de Dubai foi muito positiva. Eles querem
intermediar a venda de carne de Mato Grosso para outros países do Oriente
Médio, função que já desempenham de modo geral, além de garantir o
abastecimento local”, explica Guilherme Nolasco.

Mapa

O Brasil tem expectativa de 78 frigoríficos receberem autorização para
exportar ao mercado chinês. Equipe do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento irá encaminhar às autoridades chinesas informações finais
sobre os estabelecimentos a fim de sanar as solicitações da China. Com
informações da assessoria de imprensa do IMAC.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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