Porto Alegre, 25 de abril de 2022 – A queda no consumo de carne bovina na
Argentina é um fenômeno que continuou a se aprofundar quase ininterruptamente
na última década e está sendo substituído por um maior consumo de carne de
aves e suínos, segundo análise do Bolsa de Valores de Rosário (BCR).
O relatório indica que a Argentina começou o último milênio com um
consumo de carne pouco abaixo de 100 kg por habitante. A partir de então, a
carne bovina começou a declinar em participação na dieta argentina quase
continuamente até hoje.
“Por outro lado, o consumo de carnes de aves e suínos foi ganhando
espaço quase continuamente. Assim, em pouco mais de 20 anos, o consumo de carne
suína quase dobrou sua participação no consumo total de carnes na Argentina,
um marco sem dúvida notável”, diz o BCR.
Os analistas também observam que o consumo de carne bovina está mais
relacionado aos salários. Ou seja, caiu na mesma proporção que o poder
aquisitivo real dos salários médios do país.
Como comentário final, destacam a importância do estoque nacional de gado
na definição do valor da carne bovina. Nesse sentido, o Ministério da
Agricultura da Argentina informou que os estoques em 2021 foram de 53.416.435
bovinos, resultando em uma diminuição de apenas 100.000 cabeças em relação
a 2020, embora esses dados marquem o terceiro ano consecutivo de queda nos
estoques de gado na Argentina depois de atingir um último máximo em 2018 (55
milhões de cabeças).
Horacio Vera / Agência CMA Latam
Edição: Julieta Marino (julieta.marino@cma.com.ar)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45