Porto Alegre, 17 de abril de 2017 – A maioria das pessoas ligada ao
agronegócio conhece a Cota Hilton, que é o volume de cortes de carnes de alto
padrão concedido e determinado pela União Europeia (UE) para os países
exportadores deste produto. Já a Cota 481 é um assunto pouco abordado no
setor, mas que já vem despertando o interesse de pecuaristas brasileiros,
devido à diferença de preço do produto de valor agregado.
O assunto será destaque no Confinar 20017, evento que acontece entre os
dias 23 e 24 de maio, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo
Grande (MS). Com o tema: ‘Desafios e adequações nutricionais e de manejo
para o acesso à Cota 481: a experiência argentina’, o médico veterinário,
Juan José Couderc, dará dicas para quem quer investir neste mercado.
A Cota 481 trabalha especificamente com carne de animais confinados, para a
União Europeia (UE). No Brasil, apesar de recente, o mercado começando a
operar “de forma fluida”. O obstáculo, na avaliação do especialista
argentino, está nas muitas exigências por parte do mercado comprador. “A
Cota 481 abrange contingente de carne de alta qualidade produzida em
confinamento. As exigências são restritas em relação ao tipo de
alimentação (mínimo 100 dias em dietas de muito alta energia), conformação
dos cortes de carne, ausência de hematomas, idade do bovino no momento de abate
(devem ser menores de 30 meses)”, explica o palestrante.
Para Couderc, a diferença de preço entre o Cota 481 e outros canais de
venda pode chegar a 10%. “Quando conseguimos a abertura da Cota na Argentina,
o aumento verificado era de 5%, mas este resultado estava associado à nossa
taxa de câmbio e ao alto preço interno da carne”, explica o especialista que
acrescenta também: “No entanto, as vendas começaram a crescer gradualmente,
impulsionadas pela demanda dos compradores. Com isso, a participação da
Argentina começou a subir, motivando um preço maior ao produtor”.
A carne produzida na Cota 481 apresenta um bom marmóreo, ou seja,
infiltração de gordura intramuscular, com maciez, aroma, etc. O especialista
argentino cita que este sistema de negociações abriu portas do mercado europeu
para países como Estados Unidos, Austrália, Uruguai, Nova Zelândia,
Argentina e Canadá. “Os argentinos começaram a exportar carne dentro desta
Cota em 2015. Entretanto, com uma pequena participação, já que o mercado
ainda não era muito atrativo”.
Atualmente, a Cota envolve 18 cortes de alto valor, sendo que grande parte
tem um preço ainda maior que os registrados na Cota Hilton. “Na Hilton,
Argentina vende carne produzida a pasto, com pouca suplementação”.
E no Brasil?
O especialista estabelece um parâmetro comparativo entre os dois países
na produção pecuária e apresenta otimismo em relação a este seleto mercado.
“Brasil e Argentina têm muitas semelhanças em relação à pecuária de
corte. Pecuaristas e frigoríficos, com muitos anos de experiência, técnicos
altamente capacitados, vocação de produzir cada vez mais e melhor, conseguiram
nos últimos anos um rápido desenvolvimento de confinamento profissional, com
alta eficiência”.
Sobre o palestrante
Juan José Couderc é médico veterinário, com mestrado em Nutrição
Animal. Realizou pesquisas sobre nutrição de vacas leiteiras em pastagem e
confinadas, com ênfase em engorda do gado em confinamento e pastagem,
suplementação e semi-confinamento. Desde 2011, o palestrante dirige a
nutrição do confinamento que forneceu 50% da carne produzida em Argentina para
ser exportada na cota 481
Sobre o evento
Confinar está em sua 6a edição e se consolida como um dos principais do
agronegócio brasileiro. Em 2016 registrou cerca de 1,5 mil pessoas, de vários
estados e até de outros países. O evento é organizado pela Company Eventos e
a empresa responsável pela comunicação do simpósio é Agro Agência
Assessoria. Para mais informações, acesse: http://confinar.net/ e faça sua
inscrição. As informações partem da assessoria de imprensa do evento.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2017 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45