Porto Alegre, 5 de maio de 2017 – Com os efeitos da Operação Carne Fraca
sendo ainda sentidos na realização de negócios, um mês relativamente curto
(18 dias úteis) e alguns fortes compradores tradicionais como o Egito reduzindo
suas compras em função de dificuldades para a obtenção de dólares para
pagar suas aquisições, as exportações de carne bovina in natura e processada
despencaram em abril e registraram seu pior resultado para este mês nos
últimos cinco anos. No total, o Brasil exportou apenas 88.947 toneladas contra
108.898 toneladas no mesmo mês do ano passado, ou seja: uma queda de 18% em
volume. Em receita a redução foi de 14%: de US$ 420,3 milhões para US$ 362,2
milhões.
Este foi o terceiro mês consecutivo de queda nas vendas externas já que
apenas janeiro resultou em números positivos em relação a 2016. No acumulado
dos quatro primeiros meses do ano o Brasil exportou 420.435 toneladas, obtendo
uma receita de US$ 1,66 bilhão contra 465.478 toneladas e US$ 1,76 bilhão em
2016, queda de 10% no volume e de 6% na entrada de divisas.
A China continua sendo o maior cliente do produto brasileiro e manteve sua
estratégia de aumentar suas compra diretas pelo continente e de reduzir as
importações via intermediários por Hong Kong. Mesmo assim Hong Kong continua
sendo o maior comprador da carne bovina brasileira com 88.55 toneladas no
acumulado do ano, contra 109.329 toneladas no mesmo período de 2016: redução
de 19%. Já a China Continental aumentou as aquisições em 26,6% em relação
ao ano passado: de 51.216 toneladas para 64.770 toneladas.
A Rússia foi o segundo maior comprador da carne bovina brasileira com
50.383 toneladas (+15,2%); o Irã o terceiro, com 36.242 toneladas (+ 26,5%); os
Estados Unidos o quarto, com 15.678 toneladas (+ 69%) e a Arábia Saudita o
quinto, com 18.877 toneladas (+ 147%).
Comparativamente, as maiores quedas nas importações foram as do Egito,
que reduziu suas compras de 74.196 toneladas em nos primeiros quatro meses de
2016 para 21.850 toneladas no mesmo período de 2017 (- 70%); do Chile (de
22.616 toneladas para 16.004 toneladas, ou -29,2%); dos Países Baixos (-30,9%);
do Reino Unido ( -28,8%) e da Alemanha (-24%), estes devido sobretudo as
restrições europeias à entrada do produto brasileiro depois da operação da
Polícia Federal. No total, 56 países aumentaram suas importações enquanto
que outros 76 reduziram. As informações partem da assessoria de imprensa da
Abrafrigo.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 05/06/2025 09:30